Os investimentos na economia brasileira vão crescer neste ano mas muito abaixo do que se esperava. Segundo o Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), o aporte de capital na expansão das empresas deve crescer 4,8% e não 8,3% como previsto anteriormente. A queda na taxa de cresimento é de 40%.

O desaquecimento econômico verificado no primeiro trimestre é que força o mercado a rever as previsões para este ano. O relatório do IPEA classificou os resultados dos investimentos no primeiro trimestre como "decepcionantes". Nesse período, a atividade econômica cresceu apenas 0,3%, enquanto o número esperado pelo Ipea era de 0,8%.

Em razão disso, a projeção para o PIB de 2005 também teve de ser refeita, passando de 3,5% para 2,8%. O pesquisador do Ipea, Fabio Giambiagi, diz que a expansão dos investimentos, apesar da queda drástica, ainda é razoável para um ano de aperto monetário. "Acreditamos que haverá recuperação no terceiro e quarto trimestres", diz o economista. Nesse aspecto, concordam com Giambiagi os analistas do Bradesco. Em relatório, eles afirmam que, apesar do desempenho aquém do esperado nos primeiros meses de 2005, o segundo semestre registrará um aumento nos investimentos.

O boletim do Ipea divulgado hoje baseou-se principalmente na última pesquisa do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística, mas informações da Confederação Nacional da Indústria e da Fundação Getúlio Vargas também foram consideradas.