Emprego em novembro é o mais alto desde 1994
Há 4 418 empregos a mais na indústria paulista na comparação;com outubro, um crescimento de;0,29% - o terceiro resultado positivo consecutivo e, segundo a Fiesp, a comprovaç
Da Redação
Publicado em 9 de outubro de 2008 às 10h25.
Há 4 418 empregos a mais na indústria paulista na comparação de novembro com outubro. Trata-se de um crescimento de 0,29%, o terceiro resultado positivo consecutivo. "É o dado mais alto do mês de novembro desde 1994", disse Clarice Messer, diretora do Departamento de Pesquisas e Estudos Econômicos da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp), ao divulgar nesta terça-feira (9/12) a pesquisa mensal de nível de emprego industrial.
Mês passado, durante o anúncio da pesquisa, Clarice havia dito que novembro seria decisivo para captar uma tendência de desempenho da indústria que não fosse ligada exclusivamente à forte demanda de fim-de-ano. Os dados de hoje, diz, servem para vislumbrar uma recuperação. "Claramente existe mais do que sazonalidade. As áreas não ligadas à exportação estão caminhando melhor, o movimento está se espraiando para bens de capital e intermediários."
Os números também serviram para convencê-la a alterar o prognóstico de emprego para o acumulado do ano. A diretora da Fiesp mantinha até novembro sua estimativa de fechamento de 6 mil postos de trabalho em 2003. Agora, prevê um saldo positivo de 2 mil a 5 mil contratações, ou no máximo 0,5% de crescimento sobre a força de trabalho de 2002. Até agora, entre demissões e admissões sobram 9 956 vagas, um avanço de 0,66% sobre o período janeiro-novembro do ano passado. Segundo Clarice, dezembro é um mês típico de desmobilização de temporários e demissões.
No acumulado dos últimos 12 meses há crescimento de 0,17%, ou 2 480 vagas, na comparação com o período de dezembro de 2001 a novembro de 2002.
Setores
Clarice destacou cinco setores industriais de peso no Estado de São Paulo com forte expansão do emprego nos dez meses de 2003: congelados (+17,7%), calçados de Franca (+17,2%), matérias-primas para fertilizantes (+9%), materiais e equipamentos ferroviários e rodoviários (+8,3%) e máquinas (+5,3%).
Os setores significativos que receberam menção negativa foram seis: esquadrias e construções metálicas (-16,6%), mármores e granitos (-12,4%), aparelhos elétricos (-8,5%), artefatos de papel, papelão e cortiça (-6,6%), estamparia de metais (-5,9%) e fiação e tecelagem (-5,2%).
Longo prazo
Desde 1995, só em 2000 houve um acréscimo na mão-de-obra industrial, de 1,71%. Tomando como base a força de trabalho existente em junho de 1994, hoje emprega-se na indústria paulista 29% menos trabalhadores. "Continuamos na bacia das almas", afirmou Clarice.