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Argentina pensa em dar calote no FMI

Se fundo não sinalizar com aprovação da revisão do acordo, país pode deixar de pagar dívida de US$ 3,15 milhões que vence na terça-feira

EXAME.com (EXAME.com)
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Da Redação

Publicado em 9 de outubro de 2008 às 11h02.

O governo argentino analisa uma carta do Fundo Monetário Internacional (FMI), enviada nesta segunda-feira (8/3) com a terceira versão de uma proposta de negociação com o país.

O presidente da Argentina, Néstor Kirchner, havia anunciado que deixaria de pagar uma dívida de
3,15 bilhões de dólares - cerca de 20% das reservas do Banco Central argentino - com o fundo que vence nesta terça-feira (9/3). O calote seria dado caso o FMI não sinalizasse de forma positiva aos pedidos de negociação do governo argentino.

A pedido dos países do G-7 - que tentam negociar com o governo argentino um plano melhor de reestruturação da dívida soberana do país, no valor de 8,8 bilhões de dólares e que está em default desde o final de 2001 -, o FMI tem pressionado a Argentina nas negociações de revisão do acordo feito com o país em setembro do ano passado.

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De acordo com a imprensa argentina, o presidente Néstor Kirchner, que tomou a frente das negociações com o fundo, já teria um "plano B" caso o país rompa com o organismo de crédito internacional. Segundo o jornal portenho La Nación, Kirchner "não deve ceder em nenhuma das exigências do fundo e forçará a discussão até o último minuto". Há uma semana, Kirchner ordenou ao Banco Central o bloqueio da conta corrente que o país tem com o FMI a fim de evitar que o organismo retire o dinheiro automaticamente.

Ao contrário do rigor exigido por setores do governo Bush - como o Conselho de Segurança -, o subsecretário do Tesouro americano, John Taylor, tem trabalhado para reduzir o grau de exigência do FMI e amainar as diferenças com a Casa Rosada. Segundo os jornais El Clarín e La Nación, o fundo exige: a aprovação definitiva por parte da Argentina do grupo de bancos que negociarão a dívida externa, os quais não poderão ser retirados do processo; que o acordo com os credores se firme em setembro (quando o país deve definir com o FMI as metas fiscais para 2005); que a Argentina aceite o Comitê Global de Credores, como também o estabelecimento de que a proposta de pagamento seja aceita por 80% dos credores.

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