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Amorim diz que "Brasil não trocará princípios por produtos"

O ministro brasileiro das Relações Exteriores, Celso Amorim, disse nesta quarta-feira (10/12) que o Brasil não trocará princípios por produtos. A afirmação, feita durante visita do presidente brasileiro Luiz Inácio Lula da Silva à Líbia, foi uma referência à defesa de uma postura independente em relação a temas polêmicos, como a ocupação do Iraque. Lula, […]

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Da Redação

Publicado em 9 de outubro de 2008 às 10h44.

O ministro brasileiro das Relações Exteriores, Celso Amorim, disse nesta quarta-feira (10/12) que o Brasil não trocará princípios por produtos. A afirmação, feita durante visita do presidente brasileiro Luiz Inácio Lula da Silva à Líbia, foi uma referência à defesa de uma postura independente em relação a temas polêmicos, como a ocupação do Iraque. Lula, em sua visita ao Oriente Médio, tem criticado a ocupação americana.
Apesar disso, Amorim afirmou que o país não tem posição de confronto com os Estados Unidos. Quem não tem posição própri8a não é chamado para discutir nada, disse. Ele criticou os brasileiros que têm visão colonizada que não querem se indispor contra nada. Se for assim, a gente vai ficar sempre na terceira divisão do cenário internacional. Acho que um dia a gente pode passar para a primeira divisão. Afirmou.

Lula chegou ontem á Líbia. Ele foi recebido pelo coronel Muammar Gaddafi, que comanda o país.

O chanceler afirmou também que ontem, na reunião com embaixadores da Liga Árabe, na cidade do Cairo, no Egito, o presidente brasileiro criticou a postura dos Estados Unidos de atacar o Iraque e não reconhecer o erro devido à aproximação das eleições presidenciais nos Estados Unidos.

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Celso Amorim disse que a presença de ex-estadistas no jantar com o coronel Kadafi, como Bem Bella, da Argélia, e Daniel Ortega, da Nicarágua, não foi responsabilidade brasileira, mas, sim, do governo líbio.

Questionado sobre o porquê de Lula não ter se manifestado sobre a ditadura na Líbia, que dura 34 anos, com Kadafi, Amorim disse que Lula não foi à Líbia dar lições. Ele não veio aqui falar solta Fulano, prende Sicrano, afirmou. Amorim disse que o Brasil tem mantido conversações com vários governos, democráticos ou não.

O chanceler disse ainda que a visita à Líbia é de negócios, não ideológica. Acrescentou que o momento é propício, porque as sanções econômicas à Líbia foram suspensas neste ano. Amorim defendeu também que o Iraque seja soberano para decidir quais países participarão da reconstrução do país. O governo dos Estados Unidos anunciou que países que se opuseram à ocupação do Iraque, como França, Alemanha, Rússia e China, não devem participar dos trabalhos de reconstrução do país, avaliados em 18,6 bilhões de dólares.

Com informações da Agência Brasil

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