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Sozinha, Selic não consegue frear a economia, avalia especialista

A PhD em Economia Monica Baumgarten de Bolle explica que falta de políticas macroeconômicas sobrecarrega o BC

Especialista defende que o Banco Central não consegue frear a economia sozinho (.)
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Da Redação

Publicado em 6 de maio de 2010 às 17h39.

Brasília - A ata da reunião do Copom veio ao encontro do que o mercado esperava e aponta um Banco Central determinado a implementar medidas para frear a inflação, analisa a economista da Galanto Consultoria Monica Baumgarten de Bolle. "A ata é bem vinda e desfaz um pouco da impressão de que o BC não estava prestando atenção", pondera.

Para Monica, as atas das reuniões passadas foram desencontradas. "A ata anterior, por exemplo, não refletia nenhuma ação do BC em relação ao relatório de inflação", disse ela. O Banco Central não pode arcar com o peso do aquecimento da economia sozinho e necessita de políticas governamentais para conseguir frear a economia, explica a economista. "Só a Selic não segura a economia, o governo precisa entrar com medidas".

Para a economista, o ônus cai muito sobre o Banco Central e pouco sobre as políticas fiscal e creditícia. "O Governo precisa articular um conjunto de políticas macroeconômicas, pois o BC não pode fazer tudo sozinho", completa.

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Aperto monetário

Monica Baumgarten de Bolle acredita que a próxima reunião do comitê deve resultar em alta similar à do última encontro (de 0,75 ponto percentual) e o ciclo de aperto monetário deve totalizar pelo menos 300 pontos-base. "O aperto é necessário, e o BC deve tomar atitudes que não dependam do governo para completar a alta da Selic", disse ela. Entre as medidas a serem tomadas pelo Banco Central, a economista acredita, sobretudo, na elevação de compulsório para frear o crédito.

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