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Skaf quer contrapor autoridade produtiva à autoridade monetária

Novo presidente da Fiesp afirma que a indústria precisa participar da formulação das políticas públicas

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Da Redação

Publicado em 9 de outubro de 2008 às 10h52.

Os empresários devem se articular para criar uma "autoridade produtiva" que se contraponha à "autoridade monetária". A proposta de contrapor o Banco Central, responsável pela política monetária do país, partiu do novo presidente da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp), Paulo Skaf, que assumiu o cargo nesta segunda-feira (27/9). "Devemos fazer parte da formulação das decisões. Não podemos simplesmente recebê-las e criticá-las", afirmou Skaf.

A redução da carga tributária (leia reportagem de EXAME sobre o peso dos tributos sobre o setor produtivo), e da TJLP (Taxa de Juros de Longo Prazo), além da ampliação do acesso dos produtores ao crédito, são os pontos que Skaf pretende atacar primeiro. O novo presidente da Fiesp também ressaltou que enfatizará o trabalho de articulação da indústria com outras esferas, como o setor público. Para tanto, ele pretende viajar pelo menos uma vez por semana a Brasília.

Para ocupar a cadeira que foi de Horacio Lafer Piva por dois mandatos, Skaf enfrentou a eleição mais disputada da Fiesp, segundo reportagem de EXAME. O racha do empresariado é representado por um fato concreto: pela primeira vez, o Centro das Indústrias do Estado de São Paulo (Ciesp) terá um presidente distinto do da Fiesp. O escolhido para o Ciesp foi justamente o concorrente direto de Skaf na disputa pela federação Cláudio Vaz, que era apoiado por Piva.

Durante sua posse no Ciesp, também hoje, Vaz destacou o desafio que a situação inédita coloca aos empresários. "As entidades precisam manter sua identidade porque cada uma tem um trabalho de representação a executar", disse Vaz. Segundo ele, a migração crescente de empresas para o interior do estado reforça o papel de representação do Ciesp, que conta com 41 diretorias regionais.

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