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Sindicatos expressam satisfação por greve em Portugal

A Confederação Geral de Trabalhadores Portugueses estima que o protesto contará com uma participação similar à da greve anterior

Nos principais núcleos urbanos de Portugal a paralisação foi pouco notada (Wikimedia Commons)
DR

Da Redação

Publicado em 23 de março de 2012 às 21h13.

Lisboa - Os sindicatos portugueses se mostraram satisfeitos com a greve geral organizada nesta quinta-feira no país, apesar da limitada adesão informada pelos meios de comunicação e fontes de empresas e entidades públicas.

A Confederação Geral de Trabalhadores Portugueses (CGTP) estima que o protesto contará no final do dia com uma participação similar à da greve anterior, realizada no último dia 24 de novembro também contra a política econômica do governo conservador luso.

Em declarações à Agência Efe, Armando Farias, da Comissão Executiva da central sindical - de orientação comunista -, admitiu, no entanto, a possibilidade que desta vez as consequências da greve se notem menos e atribuiu o fato ao forte aumento do desemprego nos últimos quatro meses.

'Não acho que estejamos muito longe da adesão que vimos em novembro. Não direi que a superaremos, mas será parecida', comentou Farias.

Em entrevista coletiva, o secretário-geral da CGTP, Armênio Carlos, também fez um balanço positivo do protesto, ainda que nos principais núcleos urbanos de Portugal a paralisação tenha sido pouco notada e a atividade comercial e os serviços funcionem normalmente, segundo a imprensa lusa e porta-vozes de organismos e empresas.

Segundo a CGTP, a adesão foi maior nos transportes públicos, na administração central e municipal, nos serviços portuários, de bombeiros e de coleta de lixo.


Segundo Farias, o protesto também atingiu colégios e hospitais, com 'muitos centros de saúde funcionando apenas com serviços mínimos'.

A Federação Nacional de Professores (Fenprof) calculou em apenas 40 o número de centros de ensino fechados em todo o país por ausência de professores.

Fontes da Federação Nacional de Sindicatos de Ensino, que não aderiram à greve, destacaram à Efe que a maioria das escolas funcionou, o que permitiu aos pais deixar seus filhos no colégio.

Ao contrário da greve de novembro, o tráfego aéreo registrou poucos problemas e a companhia aérea nacional TAP informou do cancelamento de apenas dois voos durante a manhã.

No transporte, a greve parou totalmente o metrô de Lisboa, mas desta vez não conseguiu paralisar ônibus, trens ou o tráfego fluvial de passageiros.

Farias indicou que no setor serviços, onde tradicionalmente a adesão é muito menor, houve exemplos de elevada participação no protesto, como a entidade estatal Caixa Geral de Depósitos, com cerca de 50% de seus empregados parados.

Segundo seus dados, a greve registra uma forte adesão no setor privado e na administração pública, seja em nível central, regional ou local, embora os meios de comunicação informem que em Lisboa e no Porto essas atividades tenham sido pouco afetadas.

Farias atribuiu a incidência limitada da greve destacada pela imprensa principalmente ao forte crescimento do desemprego, que em quatro meses 'aumentou em dois pontos percentuais', até atingir 14%.

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Lisboa - Os sindicatos portugueses se mostraram satisfeitos com a greve geral organizada nesta quinta-feira no país, apesar da limitada adesão informada pelos meios de comunicação e fontes de empresas e entidades públicas.

A Confederação Geral de Trabalhadores Portugueses (CGTP) estima que o protesto contará no final do dia com uma participação similar à da greve anterior, realizada no último dia 24 de novembro também contra a política econômica do governo conservador luso.

Em declarações à Agência Efe, Armando Farias, da Comissão Executiva da central sindical - de orientação comunista -, admitiu, no entanto, a possibilidade que desta vez as consequências da greve se notem menos e atribuiu o fato ao forte aumento do desemprego nos últimos quatro meses.

'Não acho que estejamos muito longe da adesão que vimos em novembro. Não direi que a superaremos, mas será parecida', comentou Farias.

Em entrevista coletiva, o secretário-geral da CGTP, Armênio Carlos, também fez um balanço positivo do protesto, ainda que nos principais núcleos urbanos de Portugal a paralisação tenha sido pouco notada e a atividade comercial e os serviços funcionem normalmente, segundo a imprensa lusa e porta-vozes de organismos e empresas.

Segundo a CGTP, a adesão foi maior nos transportes públicos, na administração central e municipal, nos serviços portuários, de bombeiros e de coleta de lixo.


Segundo Farias, o protesto também atingiu colégios e hospitais, com 'muitos centros de saúde funcionando apenas com serviços mínimos'.

A Federação Nacional de Professores (Fenprof) calculou em apenas 40 o número de centros de ensino fechados em todo o país por ausência de professores.

Fontes da Federação Nacional de Sindicatos de Ensino, que não aderiram à greve, destacaram à Efe que a maioria das escolas funcionou, o que permitiu aos pais deixar seus filhos no colégio.

Ao contrário da greve de novembro, o tráfego aéreo registrou poucos problemas e a companhia aérea nacional TAP informou do cancelamento de apenas dois voos durante a manhã.

No transporte, a greve parou totalmente o metrô de Lisboa, mas desta vez não conseguiu paralisar ônibus, trens ou o tráfego fluvial de passageiros.

Farias indicou que no setor serviços, onde tradicionalmente a adesão é muito menor, houve exemplos de elevada participação no protesto, como a entidade estatal Caixa Geral de Depósitos, com cerca de 50% de seus empregados parados.

Segundo seus dados, a greve registra uma forte adesão no setor privado e na administração pública, seja em nível central, regional ou local, embora os meios de comunicação informem que em Lisboa e no Porto essas atividades tenham sido pouco afetadas.

Farias atribuiu a incidência limitada da greve destacada pela imprensa principalmente ao forte crescimento do desemprego, que em quatro meses 'aumentou em dois pontos percentuais', até atingir 14%.

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