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Siderúrgicas deverão reajustar preços de aço em janeiro

Companhia Siderúrgica Nacional iniciou nesta semana comunicação de reajustes de preços em meados deste mês

Trabalhador de uma siderúrgica: no final do ano passado, usinas já sinalizavam que viam espaço para reajustes de preços (REUTERS / Ina Fassbender)
DR

Da Redação

Publicado em 4 de janeiro de 2013 às 10h40.

São Paulo - A indústria siderúrgica do país iniciou 2013 anunciando reajustes de preços de aço junto a distribuidores, afirmaram fontes do setor à Reuters nesta sexta-feira, no primeiro aumento desde meados do ano passado.

A Companhia Siderúrgica Nacional iniciou nesta semana comunicação de reajustes de preços em meados deste mês, afirmaram três distribuidores. Os aumentos envolvem índices de 3,5 por cento para laminados a quente e galvanizados e 7 por cento para laminados a frio.

"A CSN comunicou ontem para nós que vai aumentar preços nessa ordem em 18 de janeiro", afirmou um distribuidor de aços planos no Estado de São Paulo.

No final do ano passado, usinas já sinalizavam que viam espaço para reajustes de preços no início deste ano, em meio às medidas do governo para contenção das importações diretas e indiretas de aço.

"Apesar disso ser claramente positivo para as empresas de aços planos no Brasil, acreditamos que a implementação (dos reajustes) será gradual e a resistência dos distribuidores será alta", afirmou o analista Thiago Lofiego, do Bank of America Merrill Lynch.

Além da CSN, ArcelorMittal também está implementando reajustes de preços em janeiro. Um dos distribuidores contatados pela Reuters afirmou que produtos da unidade da empresa em Tubarão (SC) com entrega para este mês foram reajustados em cerca de 4,4 por cento.

"Está confirmado o reajuste. O material que vou receber este mês já vem com reajuste (...) É o primeiro aumento desde meados do ano passado", afirmou o distribuidor, localizado em Minas Gerais. "Não fizemos programação (de encomendas) para fevereiro, mas os pedidos que estão em carteira vamos manter para repor estoque, não vai ter como não aceitar", acrescentou.


Sobre a Usiminas, rival da CSN e da ArcelorMittal, um dos distribuidores consultados afirmou que em dezembro a empresa afirmou que aumentaria preços em janeiro, mas que "até agora não teve nada de reajuste oficial da Usiminas".

Em dezembro, o vice-presidente comercial e de logística da Usiminas, Sergio Leite, afirmou que via espaço para aumentos de preços de aço em janeiro, diante do fim da chamada "guerra dos portos", em que Estados davam incentivos à importações, e de aumento na tarifa de importação de aço .

Segundo o Instituto Nacional dos Distribuidores de Aço (Inda/Sindisider), os estoques de aço no setor em novembro registraram queda de 0,4 por cento sobre outubro e caíram 7,4 por cento sobre novembro de 2011. A expectativa da entidade é de que as vendas da rede de distribuição cresçam cerca de 6 por cento em 2013.

Representantes da CSN e da ArcelorMittal não puderam falar sobre o assunto de imediato. A Usiminas informou que "não comenta sua política de preços".

Às 11h05, as ações do setor exibiam queda, junto com o índice Ibovespa, que recuava 1,16 por cento. Usiminas tinha perda de 1,97 por cento, enquanto CSN recuava 1,95 por cento.

Mais cedo, o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) divulgou que a produção industrial do país recuou 0,6 por cento em novembro sobre outubro, anulando a alta de 0,1 por cento em outubro ante setembro.

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São Paulo - A indústria siderúrgica do país iniciou 2013 anunciando reajustes de preços de aço junto a distribuidores, afirmaram fontes do setor à Reuters nesta sexta-feira, no primeiro aumento desde meados do ano passado.

A Companhia Siderúrgica Nacional iniciou nesta semana comunicação de reajustes de preços em meados deste mês, afirmaram três distribuidores. Os aumentos envolvem índices de 3,5 por cento para laminados a quente e galvanizados e 7 por cento para laminados a frio.

"A CSN comunicou ontem para nós que vai aumentar preços nessa ordem em 18 de janeiro", afirmou um distribuidor de aços planos no Estado de São Paulo.

No final do ano passado, usinas já sinalizavam que viam espaço para reajustes de preços no início deste ano, em meio às medidas do governo para contenção das importações diretas e indiretas de aço.

"Apesar disso ser claramente positivo para as empresas de aços planos no Brasil, acreditamos que a implementação (dos reajustes) será gradual e a resistência dos distribuidores será alta", afirmou o analista Thiago Lofiego, do Bank of America Merrill Lynch.

Além da CSN, ArcelorMittal também está implementando reajustes de preços em janeiro. Um dos distribuidores contatados pela Reuters afirmou que produtos da unidade da empresa em Tubarão (SC) com entrega para este mês foram reajustados em cerca de 4,4 por cento.

"Está confirmado o reajuste. O material que vou receber este mês já vem com reajuste (...) É o primeiro aumento desde meados do ano passado", afirmou o distribuidor, localizado em Minas Gerais. "Não fizemos programação (de encomendas) para fevereiro, mas os pedidos que estão em carteira vamos manter para repor estoque, não vai ter como não aceitar", acrescentou.


Sobre a Usiminas, rival da CSN e da ArcelorMittal, um dos distribuidores consultados afirmou que em dezembro a empresa afirmou que aumentaria preços em janeiro, mas que "até agora não teve nada de reajuste oficial da Usiminas".

Em dezembro, o vice-presidente comercial e de logística da Usiminas, Sergio Leite, afirmou que via espaço para aumentos de preços de aço em janeiro, diante do fim da chamada "guerra dos portos", em que Estados davam incentivos à importações, e de aumento na tarifa de importação de aço .

Segundo o Instituto Nacional dos Distribuidores de Aço (Inda/Sindisider), os estoques de aço no setor em novembro registraram queda de 0,4 por cento sobre outubro e caíram 7,4 por cento sobre novembro de 2011. A expectativa da entidade é de que as vendas da rede de distribuição cresçam cerca de 6 por cento em 2013.

Representantes da CSN e da ArcelorMittal não puderam falar sobre o assunto de imediato. A Usiminas informou que "não comenta sua política de preços".

Às 11h05, as ações do setor exibiam queda, junto com o índice Ibovespa, que recuava 1,16 por cento. Usiminas tinha perda de 1,97 por cento, enquanto CSN recuava 1,95 por cento.

Mais cedo, o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) divulgou que a produção industrial do país recuou 0,6 por cento em novembro sobre outubro, anulando a alta de 0,1 por cento em outubro ante setembro.

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