Siderurgia: entregas por usinas da UE cresceram somente cerca de 1,5 por cento, segundo a Eurofer (Martin Divisek/Bloomberg)
Da Redação
Publicado em 16 de dezembro de 2014 às 12h23.
Londres - As siderúrgicas da União Europeia estão perdendo participação no mercado conforme importados baratos de países como a China, onde as margens das usinas são protegidas por políticas domésticas, têm um salto, informou a associação de aço Eurofer nesta terça-feira.
A demanda por aço na UE cresceu cerca de 4 por cento neste ano, mas uma alta de 22 por cento nas importações de aço acabado significa que as entregas por usinas da UE cresceram somente cerca de 1,5 por cento, segundo a Eurofer. Os membros da Eurofer incluem as gigantes siderúrgicas globais ArcelorMittal, ThyssenKrupp e Voestalpine.
"A proliferação de práticas comerciais injustas por países produtores de aço fora da UE está minando o terreno para fabricantes de aço da UE, enfraquecendo cada vez mais suas margens", disse o diretor-geral da Eurofer, Axel Eggert.
O setor europeu de aço está enfrentando dificuldades para se recuperar dos efeitos da crise financeira, com a demanda em queda de cerca de 25 por cento desde 2008. No mês passado, a Tata Steel, segunda maior siderúrgica da Europa, disse não esperar uma melhora rápida nas condições do mercado, embora a rival ArcelorMittal estivesse mais otimista sobre sua perspectiva para a UE.
Autoridades da UE precisam adotar instrumentos comerciais como proteções antidumping para proteger uma indústria que representa 1,3 por cento do Produto Interno Bruto (PIB) do bloco, e emprega indiretamente milhões de europeus, disse a Eurofer.
A associação estimou que o excesso global de capacidade de fabricação de aço está em cerca de 500 milhões de toneladas, das quais a China responde por cerca de 200 milhões de toneladas.