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Apesar de dezembro fraco, serviços têm alta anual pela 1ª vez desde 2014

Em dezembro, o setor apresentou queda de 0,4% na comparação com novembro, informou nesta quinta-feira o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística

Serviços: setor acumulou perdas de 11% de 2015 a 2017 (Chris McGrath / Equipe/Getty Images)
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Reuters

Publicado em 13 de fevereiro de 2020 às 10h13.

Última atualização em 13 de fevereiro de 2020 às 11h14.

O volume do setor de serviços brasileiro recuou em dezembro pelo segundo mês seguido mas ainda assim encerrou o ano passado com crescimento pela primeira vez em cinco anos.

Em dezembro, o setor de serviços apresentou queda de 0,4% na comparação com novembro, informou nesta quinta-feira o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística ( IBGE ).

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Esse é o resultado mais fraco para um mês de dezembro desde 2015, quando o setor encolheu 0,7%, e a perda foi mais forte do que a expectativa em pesquisa da Reuters de recuo de 0,3%.

Na comparação com o mesmo mês de 2018, houve alta de 1,6%, em linha com a expectativa e o melhor dezembro em seis anos nessa base de comparação.

Apesar da fraqueza nos últimos meses do ano, o setor terminou o quarto trimestre com alta de 1,4%, mostrando que a atividade ganhou força ao longo de 2019 após contração no primeiro e segundo trimestres (-0,3% e -0,2% respectivamente) e alta de 0,9% entre julho e setembro.

Assim, 2019 ficou no azul após estabilidade em 2018 e três anos de queda, registrando recuperação em um ambiente de inflação fraca no país e retomada da atividade econômica e do emprego, ainda que de forma lenta.

Entre as cinco atividades pesquisadas, quatro tiveram taxas positivas no ano passado, além de 55,4% dos 166 tipos de serviços avaliados.

Os Serviços de informação e comunicação subiram 3,3% em 2019 e exerceram o principal impacto positivo sobre o índice, devido em grande parte ao aumento da receita das empresas que atuam nos segmentos de Portais, provedores de conteúdo e outros serviços de informação na Internet e outros serviços em tecnologia da informação.

Também registraram avanços Outros serviços (5,8%), de Serviços prestados às famílias (2,6%) e de Serviços profissionais, administrativos e complementares (0,7%). Na outra ponta, Transportes, serviços auxiliares aos transportes e correio tiveram queda de 2,5% no volume.

Em dezembro ante novembro, foi o setor de Transportes, serviços auxiliares aos transportes e correio que se destacou com recuo de 1,5%, pressionado principalmente pelo segmento de Transporte terrestre (-3,7%).

Atualmente, a atividade real do setor está 10,3% abaixo da máxima histórica atingida em novembro de 2014, como nota Alberto Ramos, diretor de pesquisas econômicas para a América Latina do Goldman Sachs, em relatório a clientes.

"Não obstante as impressões fracas de novembro a dezembro, as perspectivas para consumo privado e varejo/serviços são moderadamente positivas", escreveu.

O economista vê os setores sendo beneficiados pelo ambiente de inflação baixa, que preserva melhor o poder de compra do consumidor, além do crescimento do emprego, fluxos de crédito firmes e taxas de juros em declínio. O desemprego ainda alto no mercado de trabalho e a confiança reduzida do consumidor, no entanto, podem limitar esse efeito, diz.

A consultoria 4E acrescenta que ara os próximos meses, a expectativa é de retomada do crescimento pelo setor, em grande medida, associado à liberação do FGTS.

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