Setor de armazenagem deve crescer 25% em 2014
Segundo Kepler Webe, setor deverá crescer estimulado por programas do governo que facilitam financiamentos para investimentos por parte dos agricultores
Da Redação
Publicado em 25 de março de 2014 às 16h32.
São Paulo - O mercado de equipamentos para armazenagem de grãos no Brasil deve crescer 25 por cento em 2014, estimulado por programas do governo que facilitam os financiamentos para investimentos por parte dos agricultores, estimou nesta terça-feira o vice-presidente da Kepler Weber, maior empresa brasileira do setor.
"Os pedidos continuam num ritmo muito forte. Não vejo motivos para ficar preocupado em 2014 com a demanda para armazenagem", disse Olivier Colas, em entrevista à Reuters.
Segundo o executivo, o faturamento do setor deve atingir 1,5 bilhão de reais em 2014, contra 1,2 bilhão em 2013.
A Kepler Weber fechou o último ano com receita líquida de 594,8 milhões de reais, alta de 40 por cento ante 2012, segundo resultado divulgado na noite de segunda-feira.
O executivo não quis revelar a expectativa de crescimento da empresa este ano.
"Depende da capacidade da Kepler de capturar essa oportunidade (de crescimento do setor em 2014) ou ficar aquém", disse Colas.
O crescimento nas vendas de equipamentos para armazenagem está sustentada por programas do governo federal que facilitaram bastante o acesso de empresas e agricultores ao crédito, afirmou.
Desde o final de 2012, os juros para investir em silos foram reduzidos por meio do Programa de Sustentação de Investimento (PSI). Em junho do ano passado, o governo incluiu uma linha de 25 bilhões de reais no Plano Safra 2013/14, estimando financiamentos de 5 bilhões de reais por ano.
"Ele (agricultor) aproveitou, foi lá e captou empréstimos... abaixo da inflação", disse Colas.
Na segunda-feira, o novo Ministro da Agricultura, Neri Geller, disse que o governo avalia a possibilidade de ampliar recursos para o financiamento da armazenagem no próximo Plano Agrícola e Pecuário, em função da firme demanda vista no segmento desde o final do ano passado.
Déficit
A capacidade estática de armazenagem no país ainda está longe da recomendada, por exemplo, pelas Nações Unidas, lembrou o executivo.
O país está colhendo, na atual temporada, uma safra de quase 200 milhões de toneladas, com silos e armazéns que comportam entre 130 milhões e 150 milhões de toneladas, segundo o vice-presidente da Kepler Weber.
Os especialistas estimam que um país deve ter capacidade de guardar pelo menos 120 por cento do volume que colhe.
"Nosso déficit está entre 60 milhões e 100 milhões de toneladas", disse Colas, acrescentando que poder armazenar a totalidade da safra já daria à logística do país um salto de qualidade. "O Brasil quer escoar toda a safra no momento da safra. E não tem porto para isso." Na avaliação do executivo, o maior déficit está concentrado no Centro-Oeste e em novas fronteiras agrícolas como o Mapito (Maranhão, Piauí e Tocantins).
"O Centro-Oeste é a grande região (para vendas da empresa): está plantando e está colhendo, e as cooperativas do Sul estão chegando em massa nessas regiões, trazendo seu método de trabalho, que se baseia fortemente em armazenagem." A Kepler Weber pretende investir 65 milhões de reais em 2014 para ampliação de suas unidades, incluindo manutenção e informática. A empresa investiu 90 milhões de reais ao longo dos últimos três anos, destacou Colas.
A Kepler Weber registrou crescimento de 98,5 por cento no lucro líquido em 2013, alcançando 62,1 milhões de reais.
São Paulo - O mercado de equipamentos para armazenagem de grãos no Brasil deve crescer 25 por cento em 2014, estimulado por programas do governo que facilitam os financiamentos para investimentos por parte dos agricultores, estimou nesta terça-feira o vice-presidente da Kepler Weber, maior empresa brasileira do setor.
"Os pedidos continuam num ritmo muito forte. Não vejo motivos para ficar preocupado em 2014 com a demanda para armazenagem", disse Olivier Colas, em entrevista à Reuters.
Segundo o executivo, o faturamento do setor deve atingir 1,5 bilhão de reais em 2014, contra 1,2 bilhão em 2013.
A Kepler Weber fechou o último ano com receita líquida de 594,8 milhões de reais, alta de 40 por cento ante 2012, segundo resultado divulgado na noite de segunda-feira.
O executivo não quis revelar a expectativa de crescimento da empresa este ano.
"Depende da capacidade da Kepler de capturar essa oportunidade (de crescimento do setor em 2014) ou ficar aquém", disse Colas.
O crescimento nas vendas de equipamentos para armazenagem está sustentada por programas do governo federal que facilitaram bastante o acesso de empresas e agricultores ao crédito, afirmou.
Desde o final de 2012, os juros para investir em silos foram reduzidos por meio do Programa de Sustentação de Investimento (PSI). Em junho do ano passado, o governo incluiu uma linha de 25 bilhões de reais no Plano Safra 2013/14, estimando financiamentos de 5 bilhões de reais por ano.
"Ele (agricultor) aproveitou, foi lá e captou empréstimos... abaixo da inflação", disse Colas.
Na segunda-feira, o novo Ministro da Agricultura, Neri Geller, disse que o governo avalia a possibilidade de ampliar recursos para o financiamento da armazenagem no próximo Plano Agrícola e Pecuário, em função da firme demanda vista no segmento desde o final do ano passado.
Déficit
A capacidade estática de armazenagem no país ainda está longe da recomendada, por exemplo, pelas Nações Unidas, lembrou o executivo.
O país está colhendo, na atual temporada, uma safra de quase 200 milhões de toneladas, com silos e armazéns que comportam entre 130 milhões e 150 milhões de toneladas, segundo o vice-presidente da Kepler Weber.
Os especialistas estimam que um país deve ter capacidade de guardar pelo menos 120 por cento do volume que colhe.
"Nosso déficit está entre 60 milhões e 100 milhões de toneladas", disse Colas, acrescentando que poder armazenar a totalidade da safra já daria à logística do país um salto de qualidade. "O Brasil quer escoar toda a safra no momento da safra. E não tem porto para isso." Na avaliação do executivo, o maior déficit está concentrado no Centro-Oeste e em novas fronteiras agrícolas como o Mapito (Maranhão, Piauí e Tocantins).
"O Centro-Oeste é a grande região (para vendas da empresa): está plantando e está colhendo, e as cooperativas do Sul estão chegando em massa nessas regiões, trazendo seu método de trabalho, que se baseia fortemente em armazenagem." A Kepler Weber pretende investir 65 milhões de reais em 2014 para ampliação de suas unidades, incluindo manutenção e informática. A empresa investiu 90 milhões de reais ao longo dos últimos três anos, destacou Colas.
A Kepler Weber registrou crescimento de 98,5 por cento no lucro líquido em 2013, alcançando 62,1 milhões de reais.