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Sete Brasil diz que BNDES financia até US$ 12,5 bi em sondas

Ferraz diz que a Sete possui a carta de enquadramento (aprovação) para as 21 primeiras sondas

Plataforma de perfuração: em março do ano passado, o BNDES havia informado que estudava, de forma preliminar, um crédito de R$ 15 bilhões para as 28 sondas (Marcos DPaula)
DR

Da Redação

Publicado em 23 de abril de 2013 às 16h36.

Rio - O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) pode financiar até 50% do investimento total em sondas nacionais de perfuração para águas profundas do pré-sal, a cifra equivale atualmente a US$ 12,5 bilhões. A informação é de João Carlos Ferraz, presidente da Sete Brasil, gestora que vai afretar 28 unidades à Petrobras a partir de 2015. Hoje, o investimento da Sete Brasil está em US$ 25 bilhões.

Ferraz diz que a Sete possui a carta de enquadramento (aprovação) para as 21 primeiras sondas. "Essas são as que temos mais urgência de financiamento. As outras só vão começar a ser construídas daqui a três anos", disse.

Em março do ano passado, o BNDES havia informado que estudava, de forma preliminar, um crédito de R$ 15 bilhões para as 28 sondas. A construção dos equipamentos já começou, a maior parte no exterior, conforme antecipou a Agência Estado na semana passada.

Os recursos ainda não foram liberados, pois a parcela do BNDES está atrelada à dos financiamentos que a Sete tomará com agências internacionais de crédito à exportação (ECA, na sigla em inglês), que sofreram atraso. O BNDES financiará entre 48% e 50% do total, enquanto as agências entrarão com uma fatia entre 16% e 18%.

A variação acontece pois tanto o BNDES quanto as agências de fomento estrangeiras só financiam componentes de seus próprios países. Ou seja, o BNDES só cobrirá componentes brasileiros. A agência norueguesa Giek custeará a parcela de equipamentos encomendada na Noruega. O mesmo acontece com a norte-americana US Ex-Im, a britânica UK export finance e a alemã Hermes.


"O BNDES e as ECAs andam mais ou menos juntos. Quem está atrasado são as ECAs, principalmente o Giek", informou o executivo.

Segundo Ferraz, o Giek atrasou o financiamento por causa da equipe reduzida em relação ao número de projetos. O executivo esteve pessoalmente na Noruega em março para acelerar o processo e passou a enviar uma missão a cada 15 dias ao país. "Agora eles estão com a equipe deles, que é pequena, totalmente dedicada para o desenvolvimento do nosso financiamento. Agora vai andar", estimou.

Do total de US$ 25 bilhões de investimentos, 75% virão de dívidas. Estão aí incluídos o BNDES e as agências internacionais, além de outras instituições financeiras, que podem bancar entre 7% e 12% dos projetos.

Os outros 25% virão de equity, recursos que o executivo considera garantidos. Destes, entre 70% e 85% virão dos sócios da Sete Brasil (Petrobras, fundos de pensão e bancos privados) e entre 15% e 30% dos operadores das sondas, com o porcentual variando de acordo com cada contrato. "Temos hoje dinheiro para chegar até o fim do ano", afirmou Ferraz.

Mas, com o atraso das agências, a Sete negocia a contratação de um empréstimo-ponte de US$ 3,6 bilhões no mercado. A empresa tem outros US$ 2,5 bilhões contratados. São empréstimos curtos, entre 12 e 18 meses, feitos enquanto a estrutura financeira não é fechada, de forma a evitar risco de faltar dinheiro para pagar os estaleiros. "É para evitar surpresas", disse Ferraz. "Mas está na mão".

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Rio - O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) pode financiar até 50% do investimento total em sondas nacionais de perfuração para águas profundas do pré-sal, a cifra equivale atualmente a US$ 12,5 bilhões. A informação é de João Carlos Ferraz, presidente da Sete Brasil, gestora que vai afretar 28 unidades à Petrobras a partir de 2015. Hoje, o investimento da Sete Brasil está em US$ 25 bilhões.

Ferraz diz que a Sete possui a carta de enquadramento (aprovação) para as 21 primeiras sondas. "Essas são as que temos mais urgência de financiamento. As outras só vão começar a ser construídas daqui a três anos", disse.

Em março do ano passado, o BNDES havia informado que estudava, de forma preliminar, um crédito de R$ 15 bilhões para as 28 sondas. A construção dos equipamentos já começou, a maior parte no exterior, conforme antecipou a Agência Estado na semana passada.

Os recursos ainda não foram liberados, pois a parcela do BNDES está atrelada à dos financiamentos que a Sete tomará com agências internacionais de crédito à exportação (ECA, na sigla em inglês), que sofreram atraso. O BNDES financiará entre 48% e 50% do total, enquanto as agências entrarão com uma fatia entre 16% e 18%.

A variação acontece pois tanto o BNDES quanto as agências de fomento estrangeiras só financiam componentes de seus próprios países. Ou seja, o BNDES só cobrirá componentes brasileiros. A agência norueguesa Giek custeará a parcela de equipamentos encomendada na Noruega. O mesmo acontece com a norte-americana US Ex-Im, a britânica UK export finance e a alemã Hermes.


"O BNDES e as ECAs andam mais ou menos juntos. Quem está atrasado são as ECAs, principalmente o Giek", informou o executivo.

Segundo Ferraz, o Giek atrasou o financiamento por causa da equipe reduzida em relação ao número de projetos. O executivo esteve pessoalmente na Noruega em março para acelerar o processo e passou a enviar uma missão a cada 15 dias ao país. "Agora eles estão com a equipe deles, que é pequena, totalmente dedicada para o desenvolvimento do nosso financiamento. Agora vai andar", estimou.

Do total de US$ 25 bilhões de investimentos, 75% virão de dívidas. Estão aí incluídos o BNDES e as agências internacionais, além de outras instituições financeiras, que podem bancar entre 7% e 12% dos projetos.

Os outros 25% virão de equity, recursos que o executivo considera garantidos. Destes, entre 70% e 85% virão dos sócios da Sete Brasil (Petrobras, fundos de pensão e bancos privados) e entre 15% e 30% dos operadores das sondas, com o porcentual variando de acordo com cada contrato. "Temos hoje dinheiro para chegar até o fim do ano", afirmou Ferraz.

Mas, com o atraso das agências, a Sete negocia a contratação de um empréstimo-ponte de US$ 3,6 bilhões no mercado. A empresa tem outros US$ 2,5 bilhões contratados. São empréstimos curtos, entre 12 e 18 meses, feitos enquanto a estrutura financeira não é fechada, de forma a evitar risco de faltar dinheiro para pagar os estaleiros. "É para evitar surpresas", disse Ferraz. "Mas está na mão".

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