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Senado argentino debate desapropriação da YPF nesta quarta

O Governo, majoritário nas duas câmaras do Congresso, afirmou nesta terça-feira que conta com os votos necessários para dar o sinal verde à iniciativa no Senado

A Repsol afirmou em aviso publicado nesta terça-feira na imprensa que investiu bastante na YPF, "mais de US$ 20 bilhões" entre 1999 e 2011 (Daniel Garcia/AFP)
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Da Redação

Publicado em 24 de abril de 2012 às 19h06.

Buenos Aires - O Senado argentino debaterá nesta quarta-feira a desapropriação de 51% das ações da companhia petrolífera YPF , controlada pela espanhola Repsol, que afirmou ter feito os investimentos necessários na empresa e reivindica uma indenização ao Governo de Cristina Kirchner.

O Governo, majoritário nas duas câmaras do Congresso, afirmou nesta terça-feira que conta com os votos necessários para dar o sinal verde à iniciativa no Senado, cerca de 60 sobre um total de 72 cadeiras.

Fontes parlamentares consultadas pela Agência Efe previram um debate extenso, já que quase metade dos senadores tomará a palavra.

O projeto enviado à Câmara Alta por Cristina Kirchner conta, além do Governo, com o apoio do radicalismo e do socialismo, as maiores forças parlamentares, que anteciparam que acompanharão a iniciativa com algumas dissidências.

Com este panorama, o Governo se prepara para validar sem sobressaltos o projeto no Senado para sua emissão à Câmara dos Deputados, onde o governante Frente para a Vitória também é majoritário e confia em levar adiante a lei no dia 3 de maio.

O projeto se declara de utilidade pública e pretende desapropriar 51% das ações da YPF nas mãos da Repsol, titular de uma participação total de 57,43% na companhia petrolífera argentina. A lei também prevê a desapropriação das ações da Repsol na YPF Gás.

A Repsol afirmou em aviso publicado nesta terça-feira na imprensa que investiu bastante na YPF, "mais de US$ 20 bilhões" entre 1999 e 2011. A empresa reivindica US$ 10 bilhões em compensação pelas ações que serão desapropriadas, número que o Governo argentino se nega a pagar.

Os interventores da YPF continuam com sua rodada de reuniões com diretores de companhias petrolíferas em busca de acordos para impulsionar a produção de hidrocarbonetos. Entretanto, a Repsol advertiu que tomará medidas legais contra qualquer companhia que tente investir na YPF.

O ministro espanhol de Relações Exteriores, José Manuel García-Margallo, destacou que espera que a postura da Europa e da Espanha provoque a retificação da medida por parte da Argentina, para que o país não caia no "isolamento internacional" de sua economia.

Sobre o assunto, a secretária-geral da União de Nações Sul-Americanas (Unasul), María Emma Mejía, expressou nesta terça-feira no Brasil seu respeito à decisão argentina sobre a YPF, por considerar que é uma questão interna.

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O Governo, majoritário nas duas câmaras do Congresso, afirmou nesta terça-feira que conta com os votos necessários para dar o sinal verde à iniciativa no Senado, cerca de 60 sobre um total de 72 cadeiras.

Fontes parlamentares consultadas pela Agência Efe previram um debate extenso, já que quase metade dos senadores tomará a palavra.

O projeto enviado à Câmara Alta por Cristina Kirchner conta, além do Governo, com o apoio do radicalismo e do socialismo, as maiores forças parlamentares, que anteciparam que acompanharão a iniciativa com algumas dissidências.

Com este panorama, o Governo se prepara para validar sem sobressaltos o projeto no Senado para sua emissão à Câmara dos Deputados, onde o governante Frente para a Vitória também é majoritário e confia em levar adiante a lei no dia 3 de maio.

O projeto se declara de utilidade pública e pretende desapropriar 51% das ações da YPF nas mãos da Repsol, titular de uma participação total de 57,43% na companhia petrolífera argentina. A lei também prevê a desapropriação das ações da Repsol na YPF Gás.

A Repsol afirmou em aviso publicado nesta terça-feira na imprensa que investiu bastante na YPF, "mais de US$ 20 bilhões" entre 1999 e 2011. A empresa reivindica US$ 10 bilhões em compensação pelas ações que serão desapropriadas, número que o Governo argentino se nega a pagar.

Os interventores da YPF continuam com sua rodada de reuniões com diretores de companhias petrolíferas em busca de acordos para impulsionar a produção de hidrocarbonetos. Entretanto, a Repsol advertiu que tomará medidas legais contra qualquer companhia que tente investir na YPF.

O ministro espanhol de Relações Exteriores, José Manuel García-Margallo, destacou que espera que a postura da Europa e da Espanha provoque a retificação da medida por parte da Argentina, para que o país não caia no "isolamento internacional" de sua economia.

Sobre o assunto, a secretária-geral da União de Nações Sul-Americanas (Unasul), María Emma Mejía, expressou nesta terça-feira no Brasil seu respeito à decisão argentina sobre a YPF, por considerar que é uma questão interna.

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