Economia

Sem pressão de dívida, mercado tem movimento normal de véspera de feriado

O feriado de 15 de novembro encurtou a semana, que termina hoje com alguma tranqüilidade para o mercado. É certo que o taxa de câmbio voltou a subir, mas os motivos não estão relacionados com incertezas a respeito do novo governo - o que significa que o voto de confiança que o mercado deu a […]

EXAME.com (EXAME.com)

EXAME.com (EXAME.com)

DR

Da Redação

Publicado em 9 de outubro de 2008 às 11h23.

O feriado de 15 de novembro encurtou a semana, que termina hoje com alguma tranqüilidade para o mercado. É certo que o taxa de câmbio voltou a subir, mas os motivos não estão relacionados com incertezas a respeito do novo governo - o que significa que o voto de confiança que o mercado deu a Luiz Inácio Lula da Silva está consolidado.

Após dois dias de alta com a pressão de uma dívida cambial que vence hoje, o dólar abriu nesta quinta-feira (14/11) cotado a 3,65 reais para venda e a 3,64 reais para compra, em alta de 0,55%. Apesar do alívio da dívida - que foi liquidada esta manhã - os investidores devem tentar se proteger contra eventuais surpresas que possam ocorrer em três dias de mercado fechado. A maior procura por dólares pressiona o preço da moeda.

Alguns fatos esperados para a semana que vem já começam a ser notados pelo mercado: a reunião do Copom, que irá decidir se mantém ou não a taxa básica de juros em 21%; o vencimento de uma outra dívida cambial, na quarta-feira (20/11) e o encontro entre o FMI e a equipe do novo governo. Ontem, Lorenzo Perez, um dos integrantes da missão americana confirmou que a reunião com a equipe de transição de Lula já está marcada - só não informou o dia.

Além do movimento natural dos investidores numa véspera de feriado, o mercado não tem do que reclamar. As conversas entre a equipe econômica do governo e a missão do Fundo Monetário Internacional (FMI) estão indo bem. Perez, que participou das reuniões de ontem, afirmou que os números do balanço de pagamentos (principal medida da vulnerabilidade externa da economia) do Brasil estão "muito bons" e que a redução da dependência de capital estrangeiro é um êxito muito grande e bastante importante para a revisão do acordo fechado com o Brasil.

No cenário internacional as notícias são boas como há muito tempo não se tinha: O Iraque aceitou a decisão da ONU sobre as inspeções de armas no país, o que afastou por enquanto a possibilidade de uma guerra com os Estados Unidos e derrubou o preço do barril do petróleo. A bolsa de valores de Nova York reagiu bem com a notícia e ainda teve o discurso de Alan Greenspan, presidente do Federal Reserve, para ajudar: Greenspan disse que os problemas da ainda fragilizada economia americana são baseados em expectativas, e não estruturais.

Acompanhe tudo sobre:[]

Mais de Economia

Coisas assim levaram ao impeachment de Dilma, diz Meirelles sobre desconfiança com contas públicas

Mercado de trabalho permanece aquecido e eleva desafios à frente

Caged: Brasil criou 232 mil vagas de trabalho em agosto

Pacote de auxílio econômico para companhias aéreas será de R$ 6 bi