Segib: AL deve ser receptiva à crise do sul da Europa
Este fórum ministerial de Madri é preparatório para a cúpula da Segib, que será realizada em Cádiz
Da Redação
Publicado em 11 de setembro de 2012 às 16h11.
Madri - A América Latina tem que ser receptiva ante os problemas e sacrifícios econômicos que o sul da Europa enfrenta a fim de dar apoio em direção ao crescimento, afirmou nesta terça-feira o secretário-geral ibero-americano, Enrique Iglesias, em uma reunião ministerial realizada em Madri.
Perante a crise, "os países desenvolvidos em dificuldades, especialmente os da União Europeia, devem implementar medidas urgentes que permitam recuperar a confiança de seus agentes produtivos e em sua moeda de reserva", disse Iglesias em seu discurso.
Este fórum ministerial de Madri é preparatório para a cúpula da Segib (Secretaria Geral Ibero-Americana) de novembro, que será realizada em Cádiz. Estiveram presentes na reunião os secretários de Estado de Panamá, Guatemala, Uruguai, México, Costa Rica e Portugal, o presidente do BBVA, Francisco González, o Secretário de Estado de Economia da Espanha, Fernando Jiménez Latorre, e de Comércio, Jaime García Legaz.
Iglesias ressaltou a necessidade de cooperação entre as diversas regiões do mundo para superar a crise econômica o mais rápido possível.
"Para evitar uma lenta recuperação, a América Latina e em particular os países que têm voz no G20 não podem estar alheios aos problemas de financiamento exterior que o sul da Europa está enfrentando. A Europa está assumindo muitos sacrifícios, mas o mundo tem que ajudar", explicou.
Neste sentido, Iglesias disse que os "laços e experiências que unem a Comunidade Ibero-Americana", podem facilitar "respostas conjuntas" que permitam fortalecer as economias de países que enfrentam a crise.
Além disso, o secretário-geral considerou "adequado" que tanto as empresas da região ibero-americana como os organismos multilaterais que funcionam nesta região ajudem "na busca" de soluções para a crise.
O secretário-geral da Segib afirmou que o grande desafio econômico da América Latina é garantir uma nova década de crescimento sustentável que passe pela "diversificação do comércio e revolução da produtividade".
Para isso, segundo Iglesias, é preciso "utilizar a inovação para gerar desenvolvimento em setores de maior complexidade produtiva e conhecimento", o que permite, além disso, "diminuir a vulnerabilidade das economias latino-americanas".