Exame Logo

Secretário da Fazenda prevê crescimento de 4,5% em 2013

“Não há nenhuma contradição em crescer em 4,5% no ano que vem e ter a redução da inflação para 4,5%”, disse ele

Notas de R$ 50: “não será preciso subir os juros em 2013”. Segundo ele, “nós construímos as condições para isso” (Stock Exchange)
DR

Da Redação

Publicado em 17 de setembro de 2012 às 16h54.

São Paulo - A economia brasileira deverá crescer, em média, acima de 1% a cada trimestre neste segundo semestre e, além disso, com as medidas de estímulo à produção como a desoneração da folha de pagamento e o barateamento do custo da energia elétrica, no ano que vem, o país deverá retomar o nível de crescimento em torno de 4,5%, em 2013.

Essa previsão foi feita hoje (17) pelo secretário executivo do Ministério da Fazenda, Nelson Barbosa, logo após a participação dele no 9º Fórum de Economia, promovido em parceria entre a Fundação Getulio Vargas (FGV), Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp), Instituto de Estudos para o Desenvolvimento Industrial (Iedi) e Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese).

Veja também

“Não há nenhuma contradição em crescer em 4,5% no ano que vem e ter a redução da inflação para 4,5%”, disse ele. Diante desta projeção, de acordo com Barbosa, “não será preciso subir os juros [da taxa básica de juros, a Selic, utilizada como instrumento para conter a inflação] em 2013”. Segundo ele, “nós construímos as condições para isso”.

Barbosa observou que a elevação da inflação neste ano tem origem mais em situações adversas da economia externa, como a quebra na safra de grãos provocada pela estiagem nos Estados Unidos e que acabaram pressionando os preços das commodities (produtos primários com cotação internacional). Mas na visão dele, são efeitos temporários.

De acordo com o boletim Focus do Banco Central, divulgado hoje (17), a estimativa de inflação oficial, medida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), para este ano, subiu pela décima semana seguida, passando de 5,24% para 5,26%. Para 2013, a taxa foi revista de 5,54% para 5,5%.

O secretário afirmou ainda que o governo brasileiro está atento para avaliar o impacto no mercado doméstico da decisão anunciada pelo governo norte-americano, na semana passada, de adquirir US$ 40 bilhões mensais em títulos hipotecários, política que será executada por meio do Federal Reserve (Fed - Banco Central norte-americano).

Para Barbosa, essa é uma medida que pode aumentar o nível de liquidez e pressionar novamente os preços internacionais de commodities. Mas, por enquanto, Barbosa acha prematuro fazer projeções sobre as tendências e as prováveis ações que poderiam ser tomadas no Brasil.

Acompanhe tudo sobre:Crescimento econômicoDesenvolvimento econômicoIndicadores econômicosInflaçãoPIB

Mais lidas

exame no whatsapp

Receba as noticias da Exame no seu WhatsApp

Inscreva-se

Mais de Economia

Mais na Exame