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Seca pode resultar em cobrança extra em tarifa de energia

Preços podem levar ao acionamento da bandeira amarela, após um período em que os custos de energia haviam revertido a tendência de alta de 2015

Energia elétrica: preços podem levar ao acionamento da bandeira amarela, após um período em que os custos de energia haviam revertido a tendência de alta de 2015 (Thinkstock)
DR

Da Redação

Publicado em 8 de agosto de 2016 às 16h49.

São Paulo - Uma carga de energia elétrica maior que a inicialmente esperada para este ano no Brasil e um período seco com menos chuvas que o normal ameaçam trazer de volta às contas de luz as bandeiras tarifárias , que resultam na cobrança de um adicional junto aos consumidores em situações de menor oferta de energia, afirmaram especialistas à Reuters nesta segunda-feira.

Segundo comercializadores de energia, o preço spot da eletricidade, ou Preço de Liquidação das Diferenças (PLD), deve disparar em setembro para um patamar próximo dos 200 reais por megawatt-hora, ante 118 reais atualmente, após uma revisão de carga realizada pelo Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS), na semana passada.

Com isso, os preços poderiam ultrapassar ou ficar muito próximos ao limite de 211 reais por megawatt-hora que leva ao acionamento da bandeira amarela, após um período em que os custos da energia haviam revertido a tendência de alta de 2015, quando subiram mais de 50 por cento, impactando a inflação.

O objetivo das bandeiras é sinalizar escassez de energia aos consumidores por meio de um aumento de custos, incentivando a redução do consumo.

"Já está aí no limite... para setembro já começa a ter esse risco de a gente subir de bandeira... ainda é uma incógnita, não dá pra saber se vai chover pouco ou se as chuvas vão atrasar, mas diria que há uma probabilidade considerável de a gente ter um aumento tarifário por elevação de bandeira", disse o diretor da comercializadora Federal Energia, Erick Azevedo.

No cenário da Compass Energia, o PLD poderia já no início de setembro chegar a até 218 reais por megawatt-hora.

"Os brasileiros correm o sério risco de serem assombrados pela de volta das bandeiras tarifárias na conta de luz, já em setembro", afirmou a comercializadora.

A possibilidade de virada na bandeira, que está verde desde abril, vai depender fortemente do andamento das chuvas, que têm ficado abaixo da média neste período seco, que vai de maio a novembro.

A comercializadora Ecom Energia acredita que ainda não é possível cravar a nova bandeira, mas vê chances de isso acontecer até o final do ano de acordo com a evolução da hidrologia.

"Vai depender muito da hidrologia... ainda é cedo, mas, dependendo de como começar o mês de setembro... é um mês que começa a ter sinalização de chuvas e, dependendo do que aparecer no horizonte de previsões, pode ser que sim, mais pro final do ano, se a gente tiver chuva desfavorável", afirmou o sócio da consultoria, Paulo Toledo.

Criadas em 2015 para sinalizar ao consumidor eventual escassez de energia por meio do aumento de custos, as bandeiras tarifárias foram vermelhas desde janeiro daquele ano até fevereiro de 2016.

Em março a bandeira foi amarela, e desde abril ela está verde, o que significa que não há cobrança adicional dos consumidores.

Quando a bandeira é vermelha, é cobrado do consumidor um adicional de 3,00 a 4,50 reais por cada 100 kWh (quilowatt-hora) consumidos; a bandeira amarela cobra 1,50 real a cada 100 kWh.

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São Paulo - Uma carga de energia elétrica maior que a inicialmente esperada para este ano no Brasil e um período seco com menos chuvas que o normal ameaçam trazer de volta às contas de luz as bandeiras tarifárias , que resultam na cobrança de um adicional junto aos consumidores em situações de menor oferta de energia, afirmaram especialistas à Reuters nesta segunda-feira.

Segundo comercializadores de energia, o preço spot da eletricidade, ou Preço de Liquidação das Diferenças (PLD), deve disparar em setembro para um patamar próximo dos 200 reais por megawatt-hora, ante 118 reais atualmente, após uma revisão de carga realizada pelo Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS), na semana passada.

Com isso, os preços poderiam ultrapassar ou ficar muito próximos ao limite de 211 reais por megawatt-hora que leva ao acionamento da bandeira amarela, após um período em que os custos da energia haviam revertido a tendência de alta de 2015, quando subiram mais de 50 por cento, impactando a inflação.

O objetivo das bandeiras é sinalizar escassez de energia aos consumidores por meio de um aumento de custos, incentivando a redução do consumo.

"Já está aí no limite... para setembro já começa a ter esse risco de a gente subir de bandeira... ainda é uma incógnita, não dá pra saber se vai chover pouco ou se as chuvas vão atrasar, mas diria que há uma probabilidade considerável de a gente ter um aumento tarifário por elevação de bandeira", disse o diretor da comercializadora Federal Energia, Erick Azevedo.

No cenário da Compass Energia, o PLD poderia já no início de setembro chegar a até 218 reais por megawatt-hora.

"Os brasileiros correm o sério risco de serem assombrados pela de volta das bandeiras tarifárias na conta de luz, já em setembro", afirmou a comercializadora.

A possibilidade de virada na bandeira, que está verde desde abril, vai depender fortemente do andamento das chuvas, que têm ficado abaixo da média neste período seco, que vai de maio a novembro.

A comercializadora Ecom Energia acredita que ainda não é possível cravar a nova bandeira, mas vê chances de isso acontecer até o final do ano de acordo com a evolução da hidrologia.

"Vai depender muito da hidrologia... ainda é cedo, mas, dependendo de como começar o mês de setembro... é um mês que começa a ter sinalização de chuvas e, dependendo do que aparecer no horizonte de previsões, pode ser que sim, mais pro final do ano, se a gente tiver chuva desfavorável", afirmou o sócio da consultoria, Paulo Toledo.

Criadas em 2015 para sinalizar ao consumidor eventual escassez de energia por meio do aumento de custos, as bandeiras tarifárias foram vermelhas desde janeiro daquele ano até fevereiro de 2016.

Em março a bandeira foi amarela, e desde abril ela está verde, o que significa que não há cobrança adicional dos consumidores.

Quando a bandeira é vermelha, é cobrado do consumidor um adicional de 3,00 a 4,50 reais por cada 100 kWh (quilowatt-hora) consumidos; a bandeira amarela cobra 1,50 real a cada 100 kWh.

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