Sarkozy defende reformas urgentes antes de eleições
Presidente francês se reuniu com sindicatos e empregadores para tentar encontrar uma solução contra o desemprego e fortalecer sua campanha de reeleição
Da Redação
Publicado em 18 de janeiro de 2012 às 12h56.
Paris - O presidente francês Nicolas Sarkozy defendeu nesta quarta-feira reformas urgentes em uma cúpula com sindicatos e empregadores para lutar contra a crise e o desemprego, que atinge os 10%, quando faltam pouco mais de três meses para o primeiro turno das eleições francesas.
"A gravidade da crise exige que sejam tomadas decisões", afirmou Sarkozy, que ainda não anunciou formalmente sua candidatura à reeleição, no discurso realizado no Eliseu, diante dos representantes dos sindicatos e dos empregadores, ao abrir a chamada "cúpula social".
"Não se pode esperar as eleições para decidir", acrescentou o presidente, ao referir-se às presidenciais, cujo primeiro turno irá ocorrer em 22 de abril e o segundo em 6 de maio.
O conservador Sarkozy convocou esta cúpula social para tentar reativar sua campanha eleitoral e melhorar os resultados nas pesquisas, onde continua sofrendo com um problema de credibilidade, que o impede de se aproximar de seu principal rival, o socialista François Hollande.
Cinco dias depois de a agência de classificação Standard and Poor's retirar da França seu tripo A, o presidente converteu em uma prioridade do fim de seu mandato um aumento do Imposto sobre o Valor Acrescido (IVA) e um corte do custo do trabalho para financiar a previdência social.
Mas a esquerda, parte da direita, assim como os sindicatos, rejeitam o aumento do IVA. Apenas os empregadores são favoráveis, sob certas condições.
Em seu discurso, Sarkozy limitou-se a falar da necessidade de reduzir o custo do trabalho mediante "uma reforçada diversificação das fontes de financiamento" da previdência social.
O presidente lamentou a "degradação da competitividade" das empresas francesas e a falta de flexibilidade do mercado de trabalho.
Os sindicatos, que temem que as medidas de Sarkozy deteriorem o modelo social francês, chegaram na cúpula sem esperanças.
"A perda do triplo A (...) não deve autorizar o governo a colocar em questão de julgamento nosso sistema social", declarou François Chérèque, líder do sindicato CFDT.
Sarkozy aproveitou a cúpula para reiterar "sua determinação total para avançar com a taxa sobre as transações financeiras" e comemorou por ter convencido Alemanha e Espanha a apoiarem este projeto, que conta com a oposição dos Estados Unidos.
Ao mesmo tempo, o presidente adiantou algumas medidas imediatas, sem dar detalhes, que seu governo irá tomar imediatamente a fim de proteger o emprego, desenvolver o emprego parcial, melhorar a formação dos desempregados e lutar contra o aumento do preço das residências.
Os meios de comunicação receberam esta enxurrada de projetos, que já haviam sido apresentados antes da reunião, com comentários díspares, de acordo com sua tendência política.
Para o Liberation (esquerda), o que Sarkozy busca é "convencer os franceses de que é o único capitão de bombeiros que pode salvá-los". Já o Le Figaro (direita) critica o "conservadorismo" da esquerda por não apoiar as medidas de Sarkozy.
Paris - O presidente francês Nicolas Sarkozy defendeu nesta quarta-feira reformas urgentes em uma cúpula com sindicatos e empregadores para lutar contra a crise e o desemprego, que atinge os 10%, quando faltam pouco mais de três meses para o primeiro turno das eleições francesas.
"A gravidade da crise exige que sejam tomadas decisões", afirmou Sarkozy, que ainda não anunciou formalmente sua candidatura à reeleição, no discurso realizado no Eliseu, diante dos representantes dos sindicatos e dos empregadores, ao abrir a chamada "cúpula social".
"Não se pode esperar as eleições para decidir", acrescentou o presidente, ao referir-se às presidenciais, cujo primeiro turno irá ocorrer em 22 de abril e o segundo em 6 de maio.
O conservador Sarkozy convocou esta cúpula social para tentar reativar sua campanha eleitoral e melhorar os resultados nas pesquisas, onde continua sofrendo com um problema de credibilidade, que o impede de se aproximar de seu principal rival, o socialista François Hollande.
Cinco dias depois de a agência de classificação Standard and Poor's retirar da França seu tripo A, o presidente converteu em uma prioridade do fim de seu mandato um aumento do Imposto sobre o Valor Acrescido (IVA) e um corte do custo do trabalho para financiar a previdência social.
Mas a esquerda, parte da direita, assim como os sindicatos, rejeitam o aumento do IVA. Apenas os empregadores são favoráveis, sob certas condições.
Em seu discurso, Sarkozy limitou-se a falar da necessidade de reduzir o custo do trabalho mediante "uma reforçada diversificação das fontes de financiamento" da previdência social.
O presidente lamentou a "degradação da competitividade" das empresas francesas e a falta de flexibilidade do mercado de trabalho.
Os sindicatos, que temem que as medidas de Sarkozy deteriorem o modelo social francês, chegaram na cúpula sem esperanças.
"A perda do triplo A (...) não deve autorizar o governo a colocar em questão de julgamento nosso sistema social", declarou François Chérèque, líder do sindicato CFDT.
Sarkozy aproveitou a cúpula para reiterar "sua determinação total para avançar com a taxa sobre as transações financeiras" e comemorou por ter convencido Alemanha e Espanha a apoiarem este projeto, que conta com a oposição dos Estados Unidos.
Ao mesmo tempo, o presidente adiantou algumas medidas imediatas, sem dar detalhes, que seu governo irá tomar imediatamente a fim de proteger o emprego, desenvolver o emprego parcial, melhorar a formação dos desempregados e lutar contra o aumento do preço das residências.
Os meios de comunicação receberam esta enxurrada de projetos, que já haviam sido apresentados antes da reunião, com comentários díspares, de acordo com sua tendência política.
Para o Liberation (esquerda), o que Sarkozy busca é "convencer os franceses de que é o único capitão de bombeiros que pode salvá-los". Já o Le Figaro (direita) critica o "conservadorismo" da esquerda por não apoiar as medidas de Sarkozy.