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Sarkozy alerta contra retirada abrupta de estímulos monetários

DAVOS, Suíça (Reuters) - O presidente francês, Nicolas Sarkozy, alertou bancos centrais nesta quarta-feira contra retirar abruptamente medidas de estímulo monetário, dizendo que tal ação poderia causar o colapso da economia mundial. Num discurso no Fórum Econômico Mundial para líderes empresariais e formuladores de política monetária em Davos, Sarkozy fez um intenso apelo pela cooperação […]

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Da Redação

Publicado em 27 de janeiro de 2010 às 19h17.

DAVOS, Suíça (Reuters) - O presidente francês, Nicolas Sarkozy, alertou bancos centrais nesta quarta-feira contra retirar abruptamente medidas de estímulo monetário, dizendo que tal ação poderia causar o colapso da economia mundial.

Num discurso no Fórum Econômico Mundial para líderes empresariais e formuladores de política monetária em Davos, Sarkozy fez um intenso apelo pela cooperação global para regular o sistema financeiro.

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"Ou nós somos capazes de responder à demanda por proteção, justiça e equidade através de cooperação, regulação e governança, ou teremos isolamento e protecionismo", afirmou.

O presidente francês disse que sinais de recuperação econômica devem tornar os governos mais corajosos, não mais tímidos, com relação a reformas regulatórias e estruturais.

"Devemos gerenciar com prudência a adoção de medidas para dar suporte à atividade (econômica) e a retirada da liquidez injetada durante a crise", disse. "Temos que ter cuidado para evitar um aperto muito repentino que resultaria num colapso global."

Sarkozy, um poderoso defensor de uma regulação e uma política industrial estatal mais fortes, pediu uma refundação e moralização do capitalismo, bem como um freio na cultura de bônus a empresários.

Ele endossou as propostas do presidente norte-americano, Barack Obama, de impedir que bancos comerciais se comprometam com operações de caráter especulativo e que detenham hedge funds e private equity funds.

Mas o presidente francês afirmou que o G20 é o grupo certo para se chegar a um consenso sobre uma regulação financeira apropriada.

Sarkozy acrescentou que os desequilíbrios globais precisam ser corrigidos para evitar uma repetição da crise financeira, com os países superavitários consumindo mais e as nações deficitárias reduzindo seus gastos.

(Reportagem de Paul Taylor e Clara Ferrera Marques)

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