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S&P: Espanha será único país da UE em recessão em 2013

Segundo a agência, a recessão atual se manterá na Europa até o fim do terceiro trimestre deste ano, mas será sucedida por uma recuperação tímida no último trimestre

Em 2013, quando a progressão da atividade na zona do euro será de 1% graças em particular a Alemanha (1,5%) e França (1%), a economia italiana se manterá estagnada (©AFP / Mychele Daniau)
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Da Redação

Publicado em 4 de abril de 2012 às 11h44.

Paris - A divergência econômica entre os países do centro e do norte da Europa - que vão escapar da recessão neste ano - e os do sul continuará e corre o risco de se prolongar, segundo a agência de classificação de risco Standard & Poor's (S&P), que prevê que a Espanha será o único dos grandes Estados da União Europeia com crescimento negativo também em 2013.

Em suas últimas previsões divulgadas nesta quarta-feira, o economista-chefe da S&P para a Europa, Jean-Michel Six, disse que a suave recessão atual se manterá na Europa até o fim do terceiro trimestre deste ano, e que será sucedida por uma recuperação tímida no último trimestre e em 2013.

Six calcula que a economia da zona do euro como um todo se estagnará, o que resume uma situação diferente entre os membros mais fortes, que evitarão o retrocesso econômico - em particular Alemanha (0,6%) e França (0,5%) -, e os do sul, que verão diminuir seu Produto Interno Bruto (PIB).

Os PIBs de Itália e Espanha serão reduzidos em 1,5% em razão do enfraquecimento de sua demanda interna e do efeito dos ajustes orçamentários, unidos a incrementos da taxas de desemprego para 9,2% e 24% da população ativa, respectivamente.

Em 2013, quando a progressão da atividade na zona do euro será de 1% graças em particular a Alemanha (1,5%) e França (1%), a economia italiana se manterá estagnada (0%), enquanto a espanhola continuará em regressão (-0,5%), e seu nível de desemprego se agravará ainda mais (para 25%). O Reino Unido, por sua vez, deve crescer 0,5% em 2012 e 1% em 2013.

Tudo isso de acordo com o cenário mais provável (60%) segundo a S&P, já que há 40% de possibilidade de que a recuperação nos mercados emergentes demore mais para se materializar e que os consumidores (sobretudo alemães e franceses) diminuam sua despesa além do esperado.

Nesta previsão alternativa, o PIB da zona do euro cairia 2,5% neste ano, com quedas generalizados de 1,5% na Alemanha e na Itália, de 3% na Itália e de até 4% na Espanha.

No próximo ano, a recuperação seria de 1% no conjunto dos países da moeda única, e a Espanha seria o único dos grandes em baixa (-1%).

O economista-chefe da agência de qualificação, que acredita que o agravamento do racha nas taxas de crescimento dos países periféricos do euro com os mais fortes é a principal fonte de inquietação, destaca também no caso da Espanha que o nível da dívida das famílias se mantém elevado em 81,8% do PIB, como no terceiro trimestre de 2011, contra 45,2% na Itália e 65% no conjunto da eurozona.

Em contraste, a demanda interna na Alemanha vai se reforçar, devido a boas condições do mercado de trabalho e uma tendência propícia a aumento de receitas.

Em linha paralela, Áustria, Bélgica, Finlândia e Luxemburgo deveriam se beneficiar da demanda interna graças a um nível de dívida das famílias relativamente baixo e a um ajuste fiscal menos rígido que no sul da zona do euro.

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Paris - A divergência econômica entre os países do centro e do norte da Europa - que vão escapar da recessão neste ano - e os do sul continuará e corre o risco de se prolongar, segundo a agência de classificação de risco Standard & Poor's (S&P), que prevê que a Espanha será o único dos grandes Estados da União Europeia com crescimento negativo também em 2013.

Em suas últimas previsões divulgadas nesta quarta-feira, o economista-chefe da S&P para a Europa, Jean-Michel Six, disse que a suave recessão atual se manterá na Europa até o fim do terceiro trimestre deste ano, e que será sucedida por uma recuperação tímida no último trimestre e em 2013.

Six calcula que a economia da zona do euro como um todo se estagnará, o que resume uma situação diferente entre os membros mais fortes, que evitarão o retrocesso econômico - em particular Alemanha (0,6%) e França (0,5%) -, e os do sul, que verão diminuir seu Produto Interno Bruto (PIB).

Os PIBs de Itália e Espanha serão reduzidos em 1,5% em razão do enfraquecimento de sua demanda interna e do efeito dos ajustes orçamentários, unidos a incrementos da taxas de desemprego para 9,2% e 24% da população ativa, respectivamente.

Em 2013, quando a progressão da atividade na zona do euro será de 1% graças em particular a Alemanha (1,5%) e França (1%), a economia italiana se manterá estagnada (0%), enquanto a espanhola continuará em regressão (-0,5%), e seu nível de desemprego se agravará ainda mais (para 25%). O Reino Unido, por sua vez, deve crescer 0,5% em 2012 e 1% em 2013.

Tudo isso de acordo com o cenário mais provável (60%) segundo a S&P, já que há 40% de possibilidade de que a recuperação nos mercados emergentes demore mais para se materializar e que os consumidores (sobretudo alemães e franceses) diminuam sua despesa além do esperado.

Nesta previsão alternativa, o PIB da zona do euro cairia 2,5% neste ano, com quedas generalizados de 1,5% na Alemanha e na Itália, de 3% na Itália e de até 4% na Espanha.

No próximo ano, a recuperação seria de 1% no conjunto dos países da moeda única, e a Espanha seria o único dos grandes em baixa (-1%).

O economista-chefe da agência de qualificação, que acredita que o agravamento do racha nas taxas de crescimento dos países periféricos do euro com os mais fortes é a principal fonte de inquietação, destaca também no caso da Espanha que o nível da dívida das famílias se mantém elevado em 81,8% do PIB, como no terceiro trimestre de 2011, contra 45,2% na Itália e 65% no conjunto da eurozona.

Em contraste, a demanda interna na Alemanha vai se reforçar, devido a boas condições do mercado de trabalho e uma tendência propícia a aumento de receitas.

Em linha paralela, Áustria, Bélgica, Finlândia e Luxemburgo deveriam se beneficiar da demanda interna graças a um nível de dívida das famílias relativamente baixo e a um ajuste fiscal menos rígido que no sul da zona do euro.

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