Comércio: a diferença entre o estoque teórico e o inventário real de mercadorias representou no ano passado um prejuízo de 111,71 bilhões de euros (Michele Tantussi/Bloomberg)
Da Redação
Publicado em 4 de novembro de 2015 às 08h34.
Os roubos no comércio aumentaram 15,4% no mundo em 2014, devido, principalmente, aos furtos realizados por funcionários, revela um estudo da Checkpoint Systems, que mostra o México na liderança do percentual de perdas.
Segundo o termômetro anual estabelecido a partir dos dados compilados em mais de 200 distribuidores (supermercados, lojas de roupas, joalherias, etc) de 24 países, a "perda desconhecida" - diferença entre o estoque teórico e o inventário real de mercadorias - representou no ano passado um prejuízo de 111,71 bilhões de euros (123,39 bilhões de dólares), contra 96,8 bilhões de euros em 2013. O valor representa 1,23% do faturamento total.
O país com maior percentual de perda desconhecida é o México, que apresenta o índice de 1,68% do valor total de vendas, enquanto a Noruega registra o menor índice (0,75%).
O maior valor de perdas foi registrado nos Estados Unidos (36,79 bilhões de dólares), seguido por China (26,06 bilhões de dólares) e Japão (US$ 14,9 bilhões).
Em 2014, todas as regiões, com exceção da Europa, registraram um aumento das perdas, provocado principalmente pelos roubos cometidos pelos próprios funcionários, que registrou alta de 11 pontos em um ano. No total, representam 39% da perda desconhecida, à frente dos furtos menores (38%).
"Produtos como pilhas, acessórios para celulares e produtos de maquiagem - fáceis de esconder, populares e prontos para a revenda - constituem os principais objetivos dos ladrões.Os outros produtos roubados com frequência são vinhos e licores, calçados, cigarro, carne fresca e perfumes", destaca a Checkpoint Systems.