Romney: economia dos EUA precisa de "algo drástico"
Segundo candidato republicano, é hora de criar incentivos e oportunidades para empresários e negócios grandes e pequenos contratarem mais gente
Da Redação
Publicado em 13 de setembro de 2012 às 18h38.
Washington - O virtual candidato republicano à Casa Branca, Mitt Romney, disse neste domingo que é o momento de fazer "algo drástico" para revitalizar a economia e criticou as políticas do presidente americano e aspirante democrata à reeleição, Barack Obama , que mantêm a taxa de desemprego acima de 8%.
"Agora é o momento de fazer algo drástico com a economia e não é o momento de aumentar o governo. É hora de criar incentivos e oportunidades para empresários e negócios grandes e pequenos contratarem mais gente", afirmou Romney em entrevista ao canal "CNN".
As declarações de Romney acontecem depois da divulgação, na sexta-feira passada, dos dados de desemprego em julho nos Estados Unidos, cuja taxa subiu um décimo, até 8,3%, apesar de terem sido criados 163 mil postos de trabalho.
Romney reiterou sua promessa de criar 12 milhões de empregos se chegar à Casa Branca e afirmou que é parte de um "processo normal" depois da aguda recessão vivida pelo país após a crise financeira de 2008.
"Porém, com este presidente (Obama), não vimos esse tipo de comportamento. Estivemos dando saltos apenas para deixar a taxa de desemprego no mesmo nível, acima de 8%, durante 42 meses", acrescentou.
O virtual candidato republicano à Casa Branca reiterou que seu perfil empresarial é o mais adequado para gerar empregos na economia americana e se opôs à alta de impostos ao assinalar que desestimulam o investimento empresarial.
"A ideia de simplesmente dar mais dinheiro ao governo não porá nossa economia em funcionamento. Precisamos de outros Steve Jobs (falecido fundador da Apple) começando a criar negócios, fazendo produtos que queiram ser comprados no mundo todo", comentou.
No entanto, Romney descartou a efetividade de uma nova rodada de estímulo monetário por parte do Federal Reserve (Fed, banco central americano), organismo que assegurou na semana passada que está disposto a tomar medidas se a situação econômica complicar.
"Tenho certeza que o Fed está vigiando e tentará estimular a economia. Mas não acho que uma nova rodada em massa de relaxamento quantitativo ajudará à economia", opinou.