Risco de deflação na China acende sinal para economia fraca no país
País está lutando contra a mais longa sequência de queda de preços ao consumidor desde 1999
Repórter colaborador
Publicado em 9 de setembro de 2024 às 10h25.
A inflação na China caiu para o menor nível em mais de três anos, aumentando os sinais de que os formuladores de políticas estão lutando para fazer as famílias gastarem e colocando ainda mais a meta de crescimento anual sob pressão.
Segundo a Bloomberg, o índice de preços ao consumidor aumentou 0,6% em agosto em relação ao ano anterior, menos do que a previsão média de 0,7%. Excluindo os custos voláteis de alimentos e energia, o IPC básico subiu 0,3%, o menor desde março de 2021, indicando fraqueza persistente na demanda geral do consumidor
Os preços na indústria permaneceram presos na deflação. Eles estão assim desde o final de 2022, com o índice de preços ao produtor caindo 1,8% em relação ao ano anterior, mais do que a previsão dos economistas que foi de uma queda de 1,5%.
O modesto aumento nos preços ao consumidor foi impulsionado pelos custos mais altos dos alimentos devido ao clima, disse Dong Lijuan, chefe do escritório nacional de estatísticas do país. Os vegetais, em particular, tiveram um reajuste de 18,1% nos preços por causa das fortes chuvas.
A economia da China como um todo está lutando contra a mais longa sequência de queda de preços ao consumidor desde 1999. O consumo fraco e a demanda por investimentos levaram a intensas guerras de preços em setores como veículos elétricos e energia solar. A crise no mercado imobiliário também pesa contra Pequim. Isso está prejudicando as chances da China de atingir sua meta de crescimento para esse ano que é de 5% - consumidores estão adiando suas compras e as empresas. cortam salários.