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Relatório do FMI destaca mudança do perfil da dívida brasileira

Técnicos do Fundo ressaltam redução da exposição cambial e ampliação de prazos dos títulos recém-emitidos. Com troca de C-bonds, por exemplo, Brasil reduziu compromissos entre 2005 e 2014, transferindo-os para 2009 a 2018

EXAME.com (EXAME.com)
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Da Redação

Publicado em 9 de outubro de 2008 às 10h47.

Os países emergentes continuam aprimorando a estrutura de suas dívidas para reduzir a vulnerabilidade a choques externos. Relatório do Fundo Monetário Internacional (FMI) divulgado nesta quinta-feira (15/9) constata a persistência desse esforço e distingue o Brasil como um dos países mais bem-sucedidos na rearrumação de títulos da dívida pública para minimizar custos e riscos. Os outros países destacados são México, Polônia, Turquia e Venezuela.

"Essas operações [de adequação da dívida] foram sem dúvida beneficiadas por um ambiente externo favorável", diz o documento, elaborado pelo departamento de mercados internacionais de capital do FMI. No caso brasileiro, as necessidade de financiamento para 2005, de 6 bilhões de dólares, foram atingidas através de cinco emissões. O FMI menciona a troca de C-bonds por títulos de amortização, envolvendo 4,4 bilhões de dólares. Com a extensão de prazos obtidas na operação, diminuiram os compromissos de serviço da dívida entre 2005 e 2014, transferidos para o período entre 2009 e 2018.

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O FMI afirma que o Brasil fez "progressos significativos" na redução do montante de dívida vinculada ao câmbio. Entre o final de 2004 e maio deste ano, esse montante recuou de 10% para 4% da dívida pública brasileira. Outro avanço foi a ampliação de prazos dos títulos emitidos recentemente, que passou de 18 meses no final do ano passado para 23 meses em maio de 2005.

O texto repercute a previsão de "participantes do mercado", de que antes deste ano o Brasil deve realizar uma emissão de 3 bilhões de dólares como prévia para 2006.

Emergentes

No final de julho, o México já havia equacionado suas necessidades de financiamento para 2006 e 2007. A Polônia levantou até o momento 9,6 bilhões de dólares, graças a um "agressivo programa de emissões de dívida", diz o FMI, viabilizado por uma forte demanda por títulos daquele país. A Turquia captou 5,6 bilhões e a Venezuela, 3 bilhões de dólares.

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