Relatório do Banco Mundial diz que América Latina saiu da recessão
O Banco Mundial (Bird) afirmou que a América Latina saiu da recessão e que o crescimento da região deve ser de 1,8% em 2003, graças principalmente à recuperação das economias argentina e brasileira. As projeções constam na última edição do informe "As Perspectivas Econômicas Mundiais 2004", elaborado pelo banco e divulgado nesta quarta-feira (3/9). Segundo […]
Da Redação
Publicado em 9 de outubro de 2008 às 11h25.
O Banco Mundial (Bird) afirmou que a América Latina saiu da recessão e que o crescimento da região deve ser de 1,8% em 2003, graças principalmente à recuperação das economias argentina e brasileira. As projeções constam na última edição do informe "As Perspectivas Econômicas Mundiais 2004", elaborado pelo banco e divulgado nesta quarta-feira (3/9).
Segundo informações de agências internacionais, o Bird estima uma expansão ainda maior em 2004 e 2005: 3,7% e 3,8%, respectivamente. A economia latino-americana teve recessão - a primeira em vinte anos, segundo o Bird - no ano passado, quando houve retração de 0,8%.
"A contração da região terminou", afirmou em comunicado Guillermo Perry, economista-chefe do Banco Mundial para América Latina e Caribe. A entidade justifica seu otimismo por causa da maior abertura comercial da região e da implementação de "políticas macroeconômicas corretas", especificamente a redução da inflação, do déficit público e "uma posição mais saudável" em conta corrente.
Além disso, a fraqueza do dólar reduziu o custo do serviço da dívida denominada na moeda norte-americana, informou o banco.
Para o Banco Mundial, a Argentina e o Uruguai conseguiram "superar suas crises", e Brasil e Colômbia administraram bem suas "ameaças de crise".
Sobre o Brasil, o Bird afirmou que a política monetária apertada compromete o crescimento econômico, mas destacou credibilidade do Banco Central. "Altos níveis de dívida ainda prejudicam as autoridades fiscais, e políticas de aperto monetário para manter a inflação sob controle podem limitar a expansão. Isso é particularmente verdadeiro para o Brasil. Entretanto, graças à sua forte credibilidade, o Banco Central deste país pode afrouxar sua posição num futuro próximo", afirma o comunicado oficial.