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Reino Unido reduz de 1,6% para 1,2% sua previsão de crescimento em 2019

A expectativa sobre a economia do Reino Unido é abalada pelo processo conturbado do Brexit, que ainda não chegou ao fim

Reino Unido: A expectativa é de que o o déficit fiscal diminua este ano até o equivalente a 1,1% do PIB, mais que o estimado no ano passado (Peter Nicholls/Reuters)
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EFE

Publicado em 13 de março de 2019 às 11h47.

Londres — O governo do Reino Unido rebaixou nesta quarta-feira de 1,6% para 1,2% a sua previsão de crescimento econômico em 2019, pelo impacto do caótico e ainda inconclusivo processo de saída da União Europeia (UE).

O ministro da Economia, Philip Hammond, fez na Câmara dos Comuns sua Declaração de Primavera, na qual revisa a evolução da economia desde a apresentação do último orçamento de Estado, que ocorreu em outubro.

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Com base em dados do Escritório de Responsabilidade Orçamentária (OBR, na sigla em inglês), que supervisiona as finanças públicas, o ministro previu que a economia crescerá 1,4% em 2020, o mesmo índice da estimativa anterior, e 1,6% nos três anos seguintes.

O déficit fiscal do Estado britânico diminuirá este ano até o equivalente a 1,1% do Produto Interno Bruto (PIB), mais que o estimado no ano passado.

Enquanto vai reduzindo seu déficit, o Reino Unido diminuirá a dívida líquida acumulada, que cairá para o equivalente a 82,2% do PIB em 2020, e seguirá baixando nos anos seguintes até chegar a 73% no biênio 2023-24.

Hammond destacou "a força da economia" nacional apesar da incerteza gerada pelo Brexit e ressaltou que o Reino Unido é o membro do G7 (as economias mais industrializadas) "com mais trimestres consecutivos de crescimento" desde 2010.

Não obstante, Hammond reconheceu que, depois que o acordo governamental para a saída da UE foi rejeitado ontem à noite pela Câmara dos Comuns, "uma nuvem de incerteza paira sobre a economia", e pediu aos deputados que a mesma seja dissipada "com urgência".

Os deputados votam hoje sobre se querem deixar o bloco sem acordo, o que rejeitam Hammond e outros ministros, a primeira-ministra, Theresa May, e o conjunto do setor empresarial.

Hammond também adiantou que, se o país finalmente conseguir sair da UE com um acordo, publicará até o meio do ano um plano econômico para os próximos três anos que incluirá um aumento do investimento "para deixar para trás a austeridade" aplicada por seu governo.

Apesar da confusão gerada pelo Brexit, a economia britânica tem se mantido estável até agora, com uma pequena desaceleração, e registra um crescimento de 1,4% em 2018, inflação de 1,8% e o desemprego no mínimo histórico de 4%.

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