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Reforma tributária é positiva, mas Brasil tem desafio fiscal, diz Fitch

Nesta terça, governo encaminhou ao Congresso sua aguardada proposta de reforma tributária, que contempla a união de PIS e Cofins em um único imposto

Brasil_prédios_bandeira brasileira. Foro: FG Trade / Getty Images (FG Trade/Getty Images)
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Reuters

Publicado em 22 de julho de 2020 às 15h47.

Última atualização em 22 de julho de 2020 às 15h53.

O encaminhamento pela equipe econômica da primeira parte da reforma tributária ao Congresso Nacional é um sinal positivo, mas também é preciso tratar dos desafios fiscais de curto prazo, em meio a um "elevado" déficit fiscal e dívida crescente, disse a diretora executiva de ratings soberanos da Fitch Ratings, Shelly Shetty, conforme nota enviada nesta quarta-feira.

Segundo Shetty, a perspectiva negativa atribuída pela Fitch ao rating soberano "BB-" do Brasil continuará refletindo a capacidade do governo de consolidar as contas públicas para estabilizar e eventualmente reduzir a dívida, o progresso nas reformas econômicas e a avaliação das perspectivas de crescimento no médio prazo.

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O Ministério da Economia atualizou nesta quarta-feira sua estimativa para o déficit primário do governo central (Tesouro, Banco Central e Previdência) a 787,45 bilhões de reais em 2020, conforme relatório de receitas e despesas do terceiro bimestre.

Na véspera, o governo encaminhou ao Congresso sua aguardada proposta de reforma tributária, que contempla a união de PIS e Cofins em um único imposto sobre valor agregado (IVA).

"A reforma (tributária) proposta é apenas o primeiro passo no processo de revisão de um complexo e complicado sistema tributário brasileiro", disse Shetty em nota.

"Além disso, outras iniciativas de reforma tributária também estão sendo discutidas na Câmara e no Senado, e resta saber como e quando será alcançado um consenso sobre as diferentes versões da reforma tributária", acrescentou.

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