Exame Logo

Refinaria de Pernambuco atrasa e fica para abril de 2012

Por Kelly Lima e Nicola Pamplona Rio - O diretor de Abastecimento da Petrobras, Paulo Roberto Costa, disse hoje que a Refinaria Abreu e Lima deverá ter um atraso de um ano e um mês no início de suas operações, devido às renegociações de contratos que permitiram reduzir o valor final das encomendas junto aos […]

EXAME.com (EXAME.com)
DR

Da Redação

Publicado em 10 de outubro de 2010 às 03h47.

Por Kelly Lima e Nicola Pamplona

Rio - O diretor de Abastecimento da Petrobras, Paulo Roberto Costa, disse hoje que a Refinaria Abreu e Lima deverá ter um atraso de um ano e um mês no início de suas operações, devido às renegociações de contratos que permitiram reduzir o valor final das encomendas junto aos fornecedores de equipamentos. Agora, a nova data para o início das operações é abril de 2012. "Não há milagre que possa ser feito. Atrasamos os contratos e início das obras para poder renegociar contratos", disse hoje em entrevista coletiva, na sede da estatal no Rio de Janeiro.

Veja também

Costa afirmou que a companhia conseguiu reduzir em pelo menos R$ 6,7 bilhões o valor dos contratos de equipamentos para a Refinaria Abreu e Lima, que será instalada em Pernambuco, em parceria com a estatal venezuelana PDVSA. Segundo ele, os contratos foram "negociados e renegociados" afim de obter a economia. "Portanto, que ninguém venha me dizer que a unidade está superfaturada", disse, referindo-se às suspeitas indicadas pelo Tribunal de Contas da União (TCU), de possibilidade de superfaturamento.

Em rápida entrevista pouco antes da assinatura dos cinco contratos com fornecedores de equipamentos, Costa comentou que agora só faltam mais dois contratos de grande porte para a unidade. Segundo ele, a partir de hoje, 65% do valor total da unidade, estimado em R$ 23 bilhões, já estão contratados. "Se não tivéssemos renegociado, este valor já ultrapassaria R$ 30 bilhões", comentou.

Costa destacou que a companhia está na expectativa de receber os US$ 400 milhões referentes aos gastos que já ocorreram e que pertencem à parcela da PDVSA. Estes gastos foram calculados sobre o que a Petrobras já havia aplicado na refinaria até agosto. Segundo Costa, a PDVSA está tentando um financiamento junto ao Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) para poder pagar esta parcela à Petrobrás.

O diretor afirmou também que a companhia ainda está no aguardo de negociação com a comunidade indígena para a liberação de área para a construção da Refinaria Premium do Ceará. Segundo ele, a Refinaria Premium do Maranhão está mais avançada e a licença deve sair em 15 de dezembro. Ele estima que até março deverão ser contratadas as obras de terraplenagem da unidade.

Acompanhe tudo sobre:[]

Mais lidas

exame no whatsapp

Receba as noticias da Exame no seu WhatsApp

Inscreva-se

Mais de Economia

Mais na Exame