Economia

Redução dos juros refletirá até sobre taxas de serviços bancários, diz economista

A afirmação é do economista Mário Rodrigues, diretor do Instituto Brasileiro de Vendas (IBVendas) e consultor da Federação Brasileira de Bancos (Febraban)

Uma das vantagens adicionais pode vir a ser, mais à frente, a redução ou até mesmo isenção das atuais taxas cobradas pelos serviços bancários (SXC.hu)

Uma das vantagens adicionais pode vir a ser, mais à frente, a redução ou até mesmo isenção das atuais taxas cobradas pelos serviços bancários (SXC.hu)

DR

Da Redação

Publicado em 14 de abril de 2012 às 16h17.

Brasília – A redução dos juros bancários, estratégia dos bancos públicos para aumentar a base de clientes, deve gerar uma concorrência “sem volta”, e os bancos privados terão de fazer alguma coisa para reduzir custos e segurar seus correntistas. A afirmação é do economista Mário Rodrigues, diretor do Instituto Brasileiro de Vendas (IBVendas) e consultor da Federação Brasileira de Bancos (Febraban).

Em entrevista à Agência Brasil, Rodrigues disse que a redução de taxas lideradas pelo Banco do Brasil e pela Caixa Econômica Federal dá novo desenho a um mercado cada vez mais competitivo, no qual os consumidores pressionam por melhores oportunidades de investimento. “Isso incentiva a concorrência e, com certeza, haverá mais competição, com cada banco oferecendo vantagens.”

Para ele, uma das vantagens adicionais, em decorrência da própria competitividade do sistema financeiro nacional, pode vir a ser, mais à frente, a redução ou até mesmo isenção das atuais taxas cobradas pelos serviços bancários. [As taxas] “têm um peso ainda não percebido pelo consumidor em geral, mas, quando se incentiva de fato a concorrência, custos menores dos serviços passam a fazer a diferença.”

Rodrigues acredita que o novo cenário concorrencial exigirá que as instituições financeiras, em vez de onerar os usuários, apresentem vantagens e criem programas de capacitação de pessoal para conquistar e fidelizar clientes através de produtos rentáveis. Os bancos terão ainda que criar planos de benefícios exclusivos para atrair clientes, caso contrário, começarão a perder espaço no mercado, disse ele.

De acordo com o economista, os investimentos recentes em automatização dos serviços afastaram clientes das agências, tornando o relacionamento bancário impessoal e mecânico. Isso gerou, porém, insatisfação para um tipo de cliente que reclama, inclusive, do fato de sequer conhecer o gerente de sua conta. Para Rodrigues, seria interessante “chamar” essa pessoa para dentro da agência, dando-lhe atenção especial, o que ajudaria a fidelizar o cliente.

Acompanhe tudo sobre:BancosFinançasJurosTaxas

Mais de Economia

Por que as fusões entre empresas são difíceis no setor aéreo? CEO responde

Petrobras inicia entregas de SAF com produção inédita no Brasil

Qual poltrona do avião dá mais lucro para a companhia aérea?

Balança comercial tem superávit de US$ 5,8 bi em novembro