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Receita nominal aumenta, mas varejo vende 3,68% menos em 2003

Nem as vendas de dezembro ajudaram a tornar positivo o resultado do comércio brasileiro em 2003. Segundo pesquisa do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), as vendas do varejo caíram 3,68% no ano passado em relação a 2002, apesar de a receita nominal ter crescido 13,4%. O mês de dezembro foi o único do […]

EXAME.com (EXAME.com)
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Da Redação

Publicado em 9 de outubro de 2008 às 11h20.

Nem as vendas de dezembro ajudaram a tornar positivo o resultado do comércio brasileiro em 2003. Segundo pesquisa do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), as vendas do varejo caíram 3,68% no ano passado em relação a 2002, apesar de a receita nominal ter crescido 13,4%. O mês de dezembro foi o único do ano a apresentar uma variação positiva (3,2%) na comparação mensal.

A queda na taxa de juros teve impacto significativo: no primeiro semestre, quando os juros nas lojas mantiveram-se no patamar de 6,8% ao mês, as vendas de móveis e eletrodomésticos (mercadorias que dependem muito da venda a prazo) caíram 10,35%. No segundo semestre, a queda consistente no custo do crédito (taxas abaixo de 6,20% ao mês) proporcionou melhora no resultado, permitindo que a queda no volume de vendas desacelerasse e levando à variação negativa anual de 0,91%.

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A atividade que mais contribuiu para retração foi o ramo de supermercados e hipermercados, onde as vendas caíram 4,54% no ano. A segunda maior queda ocorreu no segmento de combustíveis e lubrificantes, que vendeu 4,29% a menos que em 2002. A retração do rendimento médio do consumidor brasileiro afetou os lojistas de vestuário, calçados e tecidos, que venderam 3,08% a menos que em 2002, segundo a pesquisa do IBGE.

Apesar da queda nas vendas totais, a receita nominal do varejo cresceu 13,4% em 2003. O segmento que mais contribuiu para isso foi o de combustíveis e lubrificantes, com 16,97% de crescimento na receita nominal. Em seguida vêm supermercados e hipermercados (14,69%) e móveis e eletrodomésticos (12,77%).

Dos 27 estados pesquisados, 22 registraram crescimento no volume de vendas do varejo na relação dezembro de 2003 e dezembro de 2002. Os aumentos de maior impacto na formação da taxa global do setor foram os de São Paulo (1,97%), Minas Gerais (5,01%), Paraná (6,97%), Santa Catarina (9,03%) e Rio Grande do Sul (4,07%). Já o Rio de Janeiro, que ao lado de São Paulo tem a maior participação relativa na receita do varejo nacional, despontou com a maior influência negativa, com queda no volume de vendas de 0,88%.

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