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;Recebi uma proposta de trabalho satisfatória;, diz Meirelles

Disposição, certamente, não falta a Henrique Meirelles, indicado para presidir o Banco Central. Nesta quinta-feira (12/12) à noite, o ex-presidente do BankBoston ainda estava visivelmente satisfeito com a indicação, sorridente e com paciência para conversar. Isso depois de enfrentar um dia inteiro de reuniões com o presidente eleito, Luiz Inácio Lula da Silva, e sua […]

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Da Redação

Publicado em 9 de outubro de 2008 às 11h03.

Disposição, certamente, não falta a Henrique Meirelles, indicado para presidir o Banco Central. Nesta quinta-feira (12/12) à noite, o ex-presidente do BankBoston ainda estava visivelmente satisfeito com a indicação, sorridente e com paciência para conversar. Isso depois de enfrentar um dia inteiro de reuniões com o presidente eleito, Luiz Inácio Lula da Silva, e sua equipe.

Participaram das reuniões com Meirelles o futuro ministro da Fazenda, Antônio Palocci, o futuro ministro-chefe da Casa Civil, José Dirceu, e o senador Aloízio Mercadante.

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O presidente Fernando Henrique Cardoso indicaria o nome de Meirelles ao Congresso já ontem à noite, segundo o PT. Assim, é possível que a Comissão de Assuntos Econômicos (CAE) do Senado, responsável pela aprovação do presidente do BC, já sabatine o executivo na próxima terça-feira.

Ao agradecer a indicação, no meio da tarde, em entrevista coletiva, Meirelles deu algumas pistas sobre como deverão ser sua gestão e seu relacionamento com o PT afirmou que a finalidade de qualquer política econômica é o crescimento; que considera o exercício do cargo de presidente do BC puramente técnico, sem coloração política; que o futuro ministro da Fazenda lhe deu garantias suficientes de que terá as condições de trabalho que considera adequadas; que se desligará do PSDB e que tem laços e identificação com o PT.

Depois, com a condição de não tratar de nenhum tema relativo à condução do BC antes de ser sabatinado pelos senadores, falou brevemente a EXAME:

EXAME - O que leva um executivo que chega ao estágio que o senhor chegou na carreira a deixar a iniciativa privada e trabalhar para o governo, ou pagar para trabalhar?

Meirelles - Já havia decidido isso quando me candidatei a deputado federal (N.R.: Meirelles foi eleito deputado federal em Goiás, pelo PSDB, e terá de renunciar ao mandato). E quando me aposentei do BankBoston, em agosto. Acho que todo mundo tem, em alguma etapa da vida, de se dedicar à comunidade, ao bem social. Este é o meu momento.

EXAME - O senhor tem planos de voltar à iniciativa privada?

Meirelles - Já trabalhei por 30 anos na iniciativa privada. Não tenho planos de voltar.

EXAME - Hoje à tarde (12/12) o senhor disse que o PT lhe havia dado

garantias suficientes de liberdade para trabalhar...

Meirelles - Não disse isso, não falei em liberdade ou autonomia. Disse que, do meu ponto de vista, estavam preenchidas condições necessárias -- as que eu acho necessárias, não as que outras pessoas acham. Recebi uma proposta de trabalho satisfatória e aceitei.

EXAME - De quem exatamente do PT o senhor recebeu essa proposta de trabalho satisfatória?

Meirelles - Do Antônio Palocci.

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