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Real vai se fortalecer com avanço das reformas, diz Guedes

Para o ministro da Economia, privatizações, investimentos e reformas estruturais devem transformar uma recuperação cíclica em uma retomada sustentada

'Qual o problema de a energia ficar um pouco mais cara?', questiona Guedes (Isac Nóbrega/PR/Flickr)
FS

Fabiane Stefano

Publicado em 13 de maio de 2021 às 18h41.

Última atualização em 13 de maio de 2021 às 19h13.

O real vai se fortalecer e a economia vai superar as expectativas este ano, à medida que privatizações, investimentos e reformas estruturais transformarem a recuperação cíclica em uma retomada sustentada, segundo o ministro da Economia, Paulo Guedes.

A reforma tributária está avançando e já há poucas resistências à reforma administrativa, disse o ministro à Bloomberg News na quinta-feira, ao prever que as duas propostas serão aprovadas neste ano.

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“À medida que as reformas vão seguindo, todo mundo vai ver que câmbio está fora do lugar, que ele vai descer”, disse Guedes durante entrevista de 2 horas em seu gabinete em Brasília.

“Eu acho que já fez um overshooting e vai recuar para um câmbio de equilíbrio. Se vai ser 5,00, 4,80, 3,00 reais. Eu tenho meu palpite, mas não vou falar.”

A moeda brasileira perdeu cerca de um quarto de seu valor em 2020 em meio a preocupações dos investidores sobre o aumentos dos gastos públicos durante a pandemia.

A recente valorização das commodities, juntamente com altas agressivas da Selic e uma melhor perspectiva fiscal, ajudaram a sustentar o real nas últimas semanas. Agora, a moeda brasileira mostra alta de cerca de 5,8% desde o final de março, com o melhor desempenho do mundo.

Guedes previu que o país, após sofrer uma recessão menos dolorosa que seus vizinhos no ano passado, surpreenderá novamente em 2021 com a criação de 1 milhão de empregos nos primeiros quatro meses do ano. “Muitos países ainda estão no chão, mas o Brasil está de pé e começou a andar depressa”, disse.

O desempenho melhor do que o esperado, segundo ele, deve ser creditado aos programas do governo para ajudar os vulneráveis e proteger os empregos durante a pandemia. Juntos, esses programas causaram um rombo no orçamento, mas o que importa é que as despesas recorrentes continuam submetidas ao teto de gastos, disse o ministro.

Veja abaixo outros comentários do ministro:

Reforma tributária

Privatização da Eletrobras

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