Economia

'Quem fala que parcelar precatório é calote, não sabe de nada', diz Guedes

Na visão de Guedes, o parcelamento é necessário para não estourar o teto de gastos

O ministro ainda reforçou que, desde que assumiu o cargo, em 2019, seu trabalho tem duas principais lutas: “dar previsibilidade e exequibilidade do orçamento” (Hara Fotógrafo/BTG Pactual/Divulgação)

O ministro ainda reforçou que, desde que assumiu o cargo, em 2019, seu trabalho tem duas principais lutas: “dar previsibilidade e exequibilidade do orçamento” (Hara Fotógrafo/BTG Pactual/Divulgação)

GG

Gilson Garrett Jr

Publicado em 14 de setembro de 2021 às 19h37.

Última atualização em 15 de setembro de 2021 às 17h02.

O governo federal discute a possibilidade de parcelar quase 90 bilhões de reais em precatórios previstos no Orçamento de 2022. Há um grande debate sobre se o movimento poderia parar na Justiça, por ser considerado o não pagamento de dívidas. Para o ministro da Economia, Paulo Guedes, a divisão dos pagamentos é possível.

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“Quem fala que parcelar precatório é calote, não sabe de nada”, disse o ministro nesta terça-feira, 14, durante o MacroDay 2021, evento do banco BTG Pactual (do mesmo grupo que controla EXAME).

Na visão de Guedes, o parcelamento é necessário para não estourar o teto de gastos. “Quem fala que pode tirar os precatórios do teto, também não dá. O teto é um símbolo de austeridade. Ele precisa ficar lá para ser um sinal que o Executivo não vai exorbitar”, afirmou.

O ministro ainda reforçou que, desde que assumiu o cargo, em 2019, seu trabalho tem duas principais lutas: “dar previsibilidade e exequibilidade do orçamento”. Para 2022, o governo prevê um orçamento de 1,6 trilhão de reais em gastos da União, com um déficit de 49,6 bilhões de reais.

Durante o evento, Guedes também criticou a instabilidade política, e disse que o dólar, que está acima dos 5,20 reais, só não caiu ainda porque há um “barulho político”.

“O câmbio deveria estar entre 3,80 reais e 4,20 reais”, disse Guedes ao ser questionado por Mansueto Almeida, economista-chefe do BTG Pactual. O ministro ainda avaliou que o país estaria crescendo mais, caso o governo tivesse uma base de sustentação na Câmara e no Senado.

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