Queda no crescimento é efeito da crise, dizem economistas
Professor da USP destaca que consumo cresceu pouco no segundo trimestre
Da Redação
Publicado em 2 de setembro de 2011 às 20h18.
Brasília – O crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) de 0,8%, para o segundo trimestre do ano, mostra uma expansão menor da economia brasileira, na opinião do professor de economia da Faculdade de Economia e Administração da Universidade de São Paulo (FEA-USP), Manuel Enriquez Garcia.
“O que mais chama a atenção é a baixa taxa de consumo das famílias. O consumo das famílias cresceu apenas 1%, na comparação entre o segundo trimestre de 2011 com o primeiro trimestre, e, se nós olharmos o segundo trimestre desse ano com o segundo trimestre do ano passado, chega a 5,5%. Em outras palavras, está havendo uma forte desaceleração na economia brasileira”, observou, ao participar de mesa-redonda no programa Revista Brasil, da Rádio Nacional.
O economista do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese), Sérgio Mendonça, que também participou do debate, acredita que o desaquecimento no crescimento da economia brasileira é reflexo da instabilidade no cenário econômico mundial. “Olhando esse cenário preocupante no planeta, é um cenário de desaquecimento mais forte que se ilustrava no plano doméstico do PIB do segundo trimestre”, avaliou.
Os especialistas também fizeram comentários sobre a redução da taxa básica de juros, de 12,5% para 12% ao ano, decisão tomada na última quarta-feira (31), pelo Comitê de Política Monetária (Copom). Ambos consideraram a redução positiva. “Está perfeitamente na direção correta, uma vez que, na Europa e nos Estados Unidos, nós estamos vendo uma forte desaceleração com uma tendência para uma grave recessão nos próximos anos”, disse Garcia, da FEA-USP.
Para Mendonça, a decisão foi acertada pois ele acredita que a única forma de o Brasil enfrentar a crise econômica internacional é apostando no mercado interno. “O que a gente vê é o agravamento da crise internacional com reflexo no mundo inteiro e, no Brasil, o que significa é um adicional de desafio no crescimento econômico”, observou o economista do Dieese.
Brasília – O crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) de 0,8%, para o segundo trimestre do ano, mostra uma expansão menor da economia brasileira, na opinião do professor de economia da Faculdade de Economia e Administração da Universidade de São Paulo (FEA-USP), Manuel Enriquez Garcia.
“O que mais chama a atenção é a baixa taxa de consumo das famílias. O consumo das famílias cresceu apenas 1%, na comparação entre o segundo trimestre de 2011 com o primeiro trimestre, e, se nós olharmos o segundo trimestre desse ano com o segundo trimestre do ano passado, chega a 5,5%. Em outras palavras, está havendo uma forte desaceleração na economia brasileira”, observou, ao participar de mesa-redonda no programa Revista Brasil, da Rádio Nacional.
O economista do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese), Sérgio Mendonça, que também participou do debate, acredita que o desaquecimento no crescimento da economia brasileira é reflexo da instabilidade no cenário econômico mundial. “Olhando esse cenário preocupante no planeta, é um cenário de desaquecimento mais forte que se ilustrava no plano doméstico do PIB do segundo trimestre”, avaliou.
Os especialistas também fizeram comentários sobre a redução da taxa básica de juros, de 12,5% para 12% ao ano, decisão tomada na última quarta-feira (31), pelo Comitê de Política Monetária (Copom). Ambos consideraram a redução positiva. “Está perfeitamente na direção correta, uma vez que, na Europa e nos Estados Unidos, nós estamos vendo uma forte desaceleração com uma tendência para uma grave recessão nos próximos anos”, disse Garcia, da FEA-USP.
Para Mendonça, a decisão foi acertada pois ele acredita que a única forma de o Brasil enfrentar a crise econômica internacional é apostando no mercado interno. “O que a gente vê é o agravamento da crise internacional com reflexo no mundo inteiro e, no Brasil, o que significa é um adicional de desafio no crescimento econômico”, observou o economista do Dieese.