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Queda das exportações afunda balança comercial do Japão

O país teve primeiro déficit em conta corrente em três anos e o maior até o momento em consequência da fragilidade das exportações lastradas por um iene forte

O Japão teve de elevar suas importações de hidrocarbonetos diante da paralisação de 52 dos 54 reatores nucleares do país causada pelo tsunami (Yasuyoshi Chiba/AFP)
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Da Redação

Publicado em 1 de março de 2013 às 19h19.

Tóquio - O Japão, a terceira economia do mundo, teve em janeiro o primeiro déficit em conta corrente em três anos e o maior até o momento, o que reflete a fragilidade das exportações lastradas por um iene forte e o aumento das importações de hidrocarbonetos pela crise na central nuclear Fukushima.

A balança em conta corrente japonesa fechou janeiro com números vermelhos de 437,3 bilhões de ienes (4,091 bilhões de euros), em forte contraste com o superávit de 547,2 bilhões de ienes (5,119 bilhões de euros) no mesmo mês de 2011.

Este é o primeiro déficit em conta corrente do Japão - tradicional exportador da Ásia - desde 2009, quando sofreu retrocesso de 132,7 bilhões de ienes (1,243 bilhão de euros) sob o calor da crise global gerada pela quebra do banco americano Lehman Brothers.

O dado mostra a vulnerabilidade da economia japonesa, que neste último ano teve de fazer frente à situação gerada pelo terremoto e tsunami de março, seguido das inundações na Tailândia no outono (que afetaram inúmeros fabricantes japoneses) e o contexto de crise global.

Do impacto do tsunami, que interrompeu a cadeia de provisões, os grandes exportadores se recuperaram com relativa rapidez.

No entanto, a crise nuclear aberta pela catástrofe deixou uma séria fatura. O Japão teve de elevar suas importações de hidrocarbonetos diante da paralisação de 52 dos 54 reatores nucleares do país.

As importações japonesas cresceram 11,2% no ano, para os 5,73 trilhões de ienes, impulsionadas em boa parte pelo aumento das compras de combustíveis fósseis destinado às centrais térmicas, que aumentaram sua geração diante da crise de Fukushima.

Por sua vez, as exportações sofreram uma pronunciada queda anualizada de 8,5%. O Ministério das Finanças lembrou, entretanto, que janeiro é um mês em que as vendas para o exterior habitualmente caem por causa das férias de Ano Novo.

O dado negativo da balança de conta corrente foi conhecido no mesmo dia em que o Governo japonês divulgou uma revisão para cima do Produto Interno Bruto (PIB) entre outubro e dezembro, o que enviou o sinal de que, apesar de tudo, a situação econômica é menos obscura do que se pensava inicialmente.

Em entrevista coletiva, o secretário parlamentar do Escritório do Gabinete, Hiroshi Ogushi, considerou que 'não há necessidade de mudar a avaliação da situação atual' da economia, que, segundo o Governo japonês, está no caminho da recuperação.

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Tóquio - O Japão, a terceira economia do mundo, teve em janeiro o primeiro déficit em conta corrente em três anos e o maior até o momento, o que reflete a fragilidade das exportações lastradas por um iene forte e o aumento das importações de hidrocarbonetos pela crise na central nuclear Fukushima.

A balança em conta corrente japonesa fechou janeiro com números vermelhos de 437,3 bilhões de ienes (4,091 bilhões de euros), em forte contraste com o superávit de 547,2 bilhões de ienes (5,119 bilhões de euros) no mesmo mês de 2011.

Este é o primeiro déficit em conta corrente do Japão - tradicional exportador da Ásia - desde 2009, quando sofreu retrocesso de 132,7 bilhões de ienes (1,243 bilhão de euros) sob o calor da crise global gerada pela quebra do banco americano Lehman Brothers.

O dado mostra a vulnerabilidade da economia japonesa, que neste último ano teve de fazer frente à situação gerada pelo terremoto e tsunami de março, seguido das inundações na Tailândia no outono (que afetaram inúmeros fabricantes japoneses) e o contexto de crise global.

Do impacto do tsunami, que interrompeu a cadeia de provisões, os grandes exportadores se recuperaram com relativa rapidez.

No entanto, a crise nuclear aberta pela catástrofe deixou uma séria fatura. O Japão teve de elevar suas importações de hidrocarbonetos diante da paralisação de 52 dos 54 reatores nucleares do país.

As importações japonesas cresceram 11,2% no ano, para os 5,73 trilhões de ienes, impulsionadas em boa parte pelo aumento das compras de combustíveis fósseis destinado às centrais térmicas, que aumentaram sua geração diante da crise de Fukushima.

Por sua vez, as exportações sofreram uma pronunciada queda anualizada de 8,5%. O Ministério das Finanças lembrou, entretanto, que janeiro é um mês em que as vendas para o exterior habitualmente caem por causa das férias de Ano Novo.

O dado negativo da balança de conta corrente foi conhecido no mesmo dia em que o Governo japonês divulgou uma revisão para cima do Produto Interno Bruto (PIB) entre outubro e dezembro, o que enviou o sinal de que, apesar de tudo, a situação econômica é menos obscura do que se pensava inicialmente.

Em entrevista coletiva, o secretário parlamentar do Escritório do Gabinete, Hiroshi Ogushi, considerou que 'não há necessidade de mudar a avaliação da situação atual' da economia, que, segundo o Governo japonês, está no caminho da recuperação.

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