Quanto dinheiro é suficiente para uma boa vida?
Keynes errou? O livro “How Much is Enough?: Money and the Good Life” especula porque estamos longe de trabalhar 15 horas por semana em 2030
Da Redação
Publicado em 20 de junho de 2012 às 06h12.
São Paulo – Para John Maynard Keynes, em 2013 as pessoas no mundo desenvolvido teriam o suficiente para levar uma boa vida, por isso, trabalhariam cerca de 15 horas por semana e conseguiriam ter dinheiro suficiente para viver bem. É uma previsão distante da realidade se pensarmos que, em 2012, há quem trabalhe 15 horas por dia e não esteja financeiramente satisfeito.
“A busca incessante pelo lucro , pelo crescimento rápido, para ter cada vez mais, nos afasta da boa vida, ao invés de nos levar a consegui-la”, afirmou Robert Skidelsky em apresentação no Carnegie Council. O historiador econômico e membro do Parlamento do Reino Unido, junto com seu filho Edward Skidelsky, escreveu “How Much is Enough?: Money and the Good Life” (algo como ‘Quanto é o suficiente?: Dinheiro e a boa vida’; o livro não foi traduzido para o português) para tratar dessas questões.
O livro utiliza teóricos da economia como Keynes e filósofos como Aristóteles (Edward é professor de filosofia na Universidade Exeter) para tentar explicar o que constitui uma boa vida e qual o verdadeiro valor do dinheiro.
Skidelsky ressalta que, em parte, Keynes estava certo. A produção hoje está próxima da previsão que Keynes fez em 1930 para os dias atuais - mas ao invés de 15 horas de trabalho semanais, são, pelo menos, 40. “Nossas sociedades são cerca de cinco vezes mais ricas que na época de Keynes. Mas a maior parte das pessoas ganha menos”, afirmou Skidelsky.
“Nossa civilização foi a primeira a atingir a insaciedade econômica”, afirmou Robert Skidelsky. O professor da Universidade Warwick e autor de uma premiada biografia de Keynes disse que o teórico acreditava que havia uma quantidade de bens materiais suficiente para satisfazer as pessoas. Hoje sabemos que não é bem assim. Não é como se você comesse bastante e ficasse satisfeito, segundo Skidelsky.
“O dinheiro não pode ser um fim em si mesmo, deve ser uma ferramenta para conseguir o que se quer”, afirmou Edward em uma entrevista à Bloomberg TV. Para os Skidelsky, uma boa vida inclui fatores como saúde, segurança, respeito, amizade e viver em harmonia com a natureza. O livro também destaca a importância de aproveitar o ócio de forma produtiva.
São Paulo – Para John Maynard Keynes, em 2013 as pessoas no mundo desenvolvido teriam o suficiente para levar uma boa vida, por isso, trabalhariam cerca de 15 horas por semana e conseguiriam ter dinheiro suficiente para viver bem. É uma previsão distante da realidade se pensarmos que, em 2012, há quem trabalhe 15 horas por dia e não esteja financeiramente satisfeito.
“A busca incessante pelo lucro , pelo crescimento rápido, para ter cada vez mais, nos afasta da boa vida, ao invés de nos levar a consegui-la”, afirmou Robert Skidelsky em apresentação no Carnegie Council. O historiador econômico e membro do Parlamento do Reino Unido, junto com seu filho Edward Skidelsky, escreveu “How Much is Enough?: Money and the Good Life” (algo como ‘Quanto é o suficiente?: Dinheiro e a boa vida’; o livro não foi traduzido para o português) para tratar dessas questões.
O livro utiliza teóricos da economia como Keynes e filósofos como Aristóteles (Edward é professor de filosofia na Universidade Exeter) para tentar explicar o que constitui uma boa vida e qual o verdadeiro valor do dinheiro.
Skidelsky ressalta que, em parte, Keynes estava certo. A produção hoje está próxima da previsão que Keynes fez em 1930 para os dias atuais - mas ao invés de 15 horas de trabalho semanais, são, pelo menos, 40. “Nossas sociedades são cerca de cinco vezes mais ricas que na época de Keynes. Mas a maior parte das pessoas ganha menos”, afirmou Skidelsky.
“Nossa civilização foi a primeira a atingir a insaciedade econômica”, afirmou Robert Skidelsky. O professor da Universidade Warwick e autor de uma premiada biografia de Keynes disse que o teórico acreditava que havia uma quantidade de bens materiais suficiente para satisfazer as pessoas. Hoje sabemos que não é bem assim. Não é como se você comesse bastante e ficasse satisfeito, segundo Skidelsky.
“O dinheiro não pode ser um fim em si mesmo, deve ser uma ferramenta para conseguir o que se quer”, afirmou Edward em uma entrevista à Bloomberg TV. Para os Skidelsky, uma boa vida inclui fatores como saúde, segurança, respeito, amizade e viver em harmonia com a natureza. O livro também destaca a importância de aproveitar o ócio de forma produtiva.