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Quando chegarão os efeitos do acordo do FMI?

O mercado financeiro tem a semana pela frente para decidir como irá se comportar em relação ao acordo de ajuda do Fundo Monetário Internacional (FMI) e a consolidação do candidato José Serra (PSDB/PMDB) em quarto lugar nas pesquisas eleitorais. A euforia com a liberação dos US$ 30 bilhões, na quarta-feira (7/08), já havia começado a […]

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Da Redação

Publicado em 9 de outubro de 2008 às 10h53.

O mercado financeiro tem a semana pela frente para decidir como irá se comportar em relação ao acordo de ajuda do Fundo Monetário Internacional (FMI) e a consolidação do candidato José Serra (PSDB/PMDB) em quarto lugar nas pesquisas eleitorais. A euforia com a liberação dos US$ 30 bilhões, na quarta-feira (7/08), já havia começado a ceder lugar para a realidade. Na sexta-feira, o dólar fechou acima da barreira psicológica dos 3 reais. E também já abriu em alta acima deste patamar nesta segunda-feira.

A pergunta que se faz no mercado é qual o real efeito do fator FMI -- e quando ele será sentido -- no risco-Brasil e na taxa de câmbio. Ninguém sabe. "A única coisa que sabemos é que ele vir", afirmam os analistas da área de pesquisa e estudos macroeconômicos do BBV Banco.

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Para o BBV, alguns fatores favorecem, ainda que não determinem, um ajuste do prêmio de risco do país. A instituição acredita que, primeiro, seja qual for o candidato eleito, o discurso adotado para o mercado será tranqüilizador e que nenhum deles adotará estratégia suicida de inviabilizar seu próprio governo com ações heróicas no plano da dívida pública. Por fim, o ambiente externo desfavorável força naturalmente uma melhora do déficit da dívida pública.

"Hoje os mercados têm razão para ainda se manterem céticos, devido à combinação entre a aversão global ao risco e a ambigüidade dos discursos dos partidos de oposição", afirma o BBV. "Mas essa ambigüidade tende a se reduzir no curso do debate eleitoral ao mesmo tempo em que ocorrerá melhora (lenta e gradual) das linhas de trade finance. E isto não será irrelevante na precificação do risco-país."

Indicadores

Enquanto o mercado decide se confia ou não no país, os investidores aguardam, para hoje, os seguintes indicadores:

A prévia da inflação (IPC) de agosto, calculada pela Fipe, foi divulgada agora pela manhã. A inflação no município de São Paulo subiu para 0,79% -- maior taxa desde a segunda quadrissemana de novembro de 2001, quando o indicador ficou em 0,90%. No mês de julho, o instituto apurou um índice de 0,67%.

A prévia do mês calculada pela FGV, o IGP-M, será anunciado no decorrer desta segunda-feira.

O governo divulga o resultado da segunda semana da balança comercial. A expectativa do mercado é de superávit de 100 milhões de dólares.

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