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Próxima rodada da OMC corre risco de fracassar, afirma Amorim

O chanceler Celso Amorim, em reunião interministerial, discutiu temas referentes a atual situação das negociações no âmbito da OMC (Organização Mundial do Comércio) após a reunião em Montreal, com 26 ministros para discutir questões relacionadas à pauta da próxima Rodada de Negócios, que acontece em setembro, em Cancun. Amorim disse que as perspectivas do encontro […]

EXAME.com (EXAME.com)
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Da Redação

Publicado em 9 de outubro de 2008 às 10h41.

O chanceler Celso Amorim, em reunião interministerial, discutiu temas referentes a atual situação das negociações no âmbito da OMC (Organização Mundial do Comércio) após a reunião em Montreal, com 26 ministros para discutir questões relacionadas à pauta da próxima Rodada de Negócios, que acontece em setembro, em Cancun.

Amorim disse que as perspectivas do encontro em Cancun não são muito boas, pois na Rodada do Uruguai, Estados Unidos e União Européia apresentaram um acordo que não permitia a inserção de interesses dos países em desenvolvimento. Se os Estados Unidos e a União Européia apresentarem um acordo semi-pronto, o risco da Rodada fracassar é enorme , afirmou.

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A experiência da Rodada do Uruguai não foi positiva para o Brasil e os acordos em Doha não superaram completamente as concepções divergentes sobre a Rodada. Por isso, ficou definido que as negociações agrícolas serão mantidas como prioridades. Março desse ano foi o prazo final para o acordo sobre as modalidades de negociação agrícola. Perdeu-se o prazo e a esperança é o encontro de Cancun. Os participantes vão ter a oportunidade de apresentar uma lista de concessões. As modalidades dos chamados temas de Cingapura (investimentos, competição, facilitação de comércio, e compras governamentais) vão ser acordadas somente em Cancun, entre 10 e 14 de setembro em Cancun, no México.

Na Câmara, o ex-ministro das Relações Exteriores Celso Lafer, professor da Universidade Federal de São Paulo (USP), e o professor Welber Barral, da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC), participam de audiência pública na Comissão de Relações Exteriores e de Defesa Nacional. Eles foram convidados para dar informações sobre as propostas a serem apresentadas pelo Brasil na Reunião Interministerial da Organização Mundial do Comércio.

Os principais pontos são a questão dos subsídios agrícolas e industriais, a redução de tarifas alfandegárias e o maior acesso dos países pobres aos medicamentos para o tratamento da Aids.

Os impostos da indústria, que representam 80% do comércio mundial, também serão discutidos nesta reunião. Os Estados Unidos defendem uma redução generalizada, enquanto outros países como Japão, Índia e os membros da União Européia (UE) desejam níveis diferenciados de taxas.

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