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Proposta é rejeitada e greve continua na LG de Taubaté

Os trabalhadores na LG Electronics de Taubaté (interior de SP) não aceitaram a proposta apresentada pelo Tribunal Regional do Trabalho (TRT) durante audiência de conciliação, em Campinas. Os 2.400 trabalhadores da empresa, incluindo o setor administrativo, estão em greve desde sexta-feira passada e reivindicam reajustes na tabela de cargo e salários, conforme acordo feito com […]

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Da Redação

Publicado em 10 de outubro de 2010 às 03h43.

Os trabalhadores na LG Electronics de Taubaté (interior de SP) não aceitaram a proposta apresentada pelo Tribunal Regional do Trabalho (TRT) durante audiência de conciliação, em Campinas. Os 2.400 trabalhadores da empresa, incluindo o setor administrativo, estão em greve desde sexta-feira passada e reivindicam reajustes na tabela de cargo e salários, conforme acordo feito com o Sindicato dos Metalúrgicos local, além de reclamarem da ocorrência de assédio moral e da troca do plano de saúde. Com a greve dos trabalhadores a empresa já teria deixado de produzir cerca de 240 mil unidades - entre celulares, notebooks e monitores.

A decisão de rejeitar a proposta foi tomada em assembleia realizada às 7 horas, na porta da fábrica, mas a empresa se reuniu com dirigentes sindicais para estudar um fim para o impasse. A reunião teve início às 13h e até ás 18h45 ainda não havia terminado. Segundo o sindicato, se houvesse uma nova proposta, ela seria votada em assembleia amanhã de manhã, às 7h, na porta da fábrica. A assessoria de imprensa da LG Electronics informou que não iria se pronunciar sobre o assunto.

O TRT havia proposto que os trabalhadores retornassem o trabalho, independente do que fosse decidido na assembleia, mas a greve continua. "A vontade e a disposição de luta dos trabalhadores será sempre respeitada e legitimada pelo sindicato", disse o presidente do Sindicato dos Metalúrgicos de Taubaté, Isaac do Carmo.

Proposta

A proposta rejeitada previa promoção para 85% dos trabalhadores do grupo 1 e 2 (auxiliares e montadores), 70% dos trabalhadores do grupo 3 (reparadores e inspetores de qualidade) e 70% para os do grupo 4 (líderes). Para o Grupo 4 haveria ainda a criação de mais duas faixas salariais. Para os trabalhadores do setor administrativo o reajuste seria para 70% dos trabalhadores, sendo 35% para 2010 e 35% para 2011.

Na proposta a empresa promete também acabar com as horas extras abusivas, ficando restritas a duas horas como prevê a lei, além de corrigir os desvios de função e definir uma valorização para o teto salarial, até março. Os trabalhadores também ganhariam estabilidade por 90 dias e receberiam dois dos quatro dias que ficaram parados. A compensação deveria ocorrer nos próximos dias 6 e 27 de fevereiro.

 

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