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Da Redação
Publicado em 9 de outubro de 2008 às 11h22.
Os Estados Unidos ainda não divulgaram sua nova proposta oficial para fortalecer os controles sobre as exportações de produtos de alta tecnologia para a China, mas um esboço do relatório já gerou reação negativa tanto por parte dos chineses quanto da indústria americana, segundo analistas de comércio.
O esboço, produzido nos últimos dois anos pelo departamento de comércio americano, foi apresentado ao Ministério do Comércio chinês. De acordo com uma fonte próxima às negociações, o governo da China teria descrito a proposta como "frustrante". Segundo o jornal britânico Financial Times, o esboço deve trazer critérios mais rigorosos para a aprovação de exportações, assim como a necessidade de uma autorização de venda para "consumidores finais validados".
A proposta deve ser publicada em breve e ficará aberta para discussão pública por 120 dias - prazo em que a indústria dos Estados Unidos deve armar uma campanha de protesto, com o argumento de que sobre os concorrentes estrangeiros não pesam as mesmas restrições.
"A proposta será controversa, potencialmente mais do que as anteriores. Será inaceitável para os chineses e para a indústria americana, e, se implementada, será considerada por muitos como um avanço pequeno em direção à segurança nacional ou aos interesses da política externa", comentou Donald Weadon, um advogado de assuntos comerciais envolvido em negócios com a China, ao Financial Times.
As restrições às exportações dos Estados Unidos refletem a preocupação entre os americanos, principalmente do Pentágono e da Casa Branca, quanto à crescente capacidade militar chinesa.