Economia

Projeção de déficit primário está pouco acima de R$350 bi, diz Mansueto

Antes de crise do coronavírus aumentar, governo tinha meta de déficit de R$ 124 bilhões

Mansueto Almeida: de acordo com Mansueto, a expectativa para o déficit será atualizada pela equipe econômica todas as semanas (Marcelo Camargo/Agência Brasil)

Mansueto Almeida: de acordo com Mansueto, a expectativa para o déficit será atualizada pela equipe econômica todas as semanas (Marcelo Camargo/Agência Brasil)

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Reuters

Publicado em 30 de março de 2020 às 12h06.

Última atualização em 31 de março de 2020 às 01h45.

O déficit primário do governo central estimado para este ano já está um pouco acima de 350 bilhões de reais, afirmou nesta segunda-feira o secretário do Tesouro, Mansueto Almeida, pontuando que o crescimento econômico pode ser negativo em meio ao impacto do coronavírus na atividade.

A meta fiscal para 2020 permitia um déficit de até R$ 124 bilhões nas contas do Governo Central, mas a aprovação pelo Congresso da calamidade pública para o enfrentamento à pandemia do coronavírus autoriza o governo a descumprir esse limite.

De acordo com Mansueto, a expectativa para o déficit será atualizada pela equipe econômica todas as semanas. Ele adiantou que o desempenho das contas públicas em 2020 será "bastante atípico", com uma pressão "muito forte" do lado da despesa e arrecadação nos meses de abril, maio e junho, resultando em elevação expressiva do déficit no período.

Em coletiva virtual de imprensa, ele defendeu que a piora fiscal deste ano é justificável não apenas no Brasil, como no restante do mundo, mas frisou que o governo tem que ter cuidado para não permitir o crescimento de despesas obrigatórias nesse cenário.

"É fundamental que tenhamos o controle para que despesas temporárias não se transformem em despesas permanentes", disse.

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