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Produtores de trigo do RS pedem redução de ICMS

Produtores esperam obter uma redução do imposto para facilitar o escoamento do produto para outros Estados

Plantação de trigo: Rio Grande do Sul e Paraná historicamente produzem, cada um, praticamente metade do trigo brasileiro (AFP / Thomas Samson)
DR

Da Redação

Publicado em 13 de novembro de 2013 às 16h27.

São Paulo - Produtores de trigo do Rio Grande do Sul --que será o principal fornecedor nacional este ano-- esperam obter uma redução do ICMS para facilitar o escoamento do produto para outros Estados.

Representantes do setor negociam com o governo gaúcho uma redução do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços de 12 para 6 por cento para o trigo vendido a outros Estados da região Sul e do Sudeste, e de 7 para 3,5 por cento para o trigo vendido a moinhos do Nordeste.

O objetivo é conseguir competir melhor com o produto adquirido do Mercosul --que entra com isenção de impostos -- e assim melhorar a renda obtida pelos agricultores, num momento de grande oferta no Rio Grande do Sul devido ao avanço da colheita.

"Assim, Santa Catarina, Paraná e São Paulo têm chance de vir comprar produto que só o Rio Grande do Sul tem", disse o presidente da Federação das Cooperativas Agropecuárias do Rio Grande do Sul (FecoAgro), Rui Polidoro Pinto.

Segundo ele, a expectativa é que a redução do ICMS pelo governo gaúcho seja anunciada nesta quarta ou na quinta-feira.

Rio Grande do Sul e Paraná historicamente produzem, cada um, praticamente metade do trigo brasileiro.

Este ano, no entanto, geadas e clima adverso prejudicaram a safra paranaense.

O Brasil deverá colher 4,81 milhões de toneladas, sendo 2,65 no Rio Grande do Sul e 1,71 milhão no Paraná, segundo os dados mais recentes da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab).


A colheita da safra 2013 no Rio Grande do Sul já passa da metade, disse a Emater/RS, órgão de extensão rural do governo gaúcho.

Com maior disponibilidade no mercado local, os preços registram queda.

Em Passo Fundo (RS), a tonelada está sendo comercializada a 658,33 reais nesta quarta-feira, queda de mais de 20 por cento ante o patamar do início de outubro, conforme levantamento da Esalq/USP.

Antes do início da safra nacional, o trigo registrou valores recordes no mercado brasileiro, por conta das geadas no Paraná e da quebra da última safra argentina e nos parceiros comerciais do Mercosul.

"O Rio Grande do Sul, considerando o consumo interno e produção, tem que colocar além de suas fronteiras 1,6 milhão de toneladas. O que queremos é tornar equitativa a carga tributária em relação ao trigo oriundo do Mercosul", disse o assistente técnico da Emater/RS, Ataídes Jacobsen, especialista em trigo. "A indústria moageira de outras regiões têm demonstrado interesse (caso haja redução do ICMS)." O suprimento de trigo do Rio Grande do Sul será importante para os moinhos brasileiros este ano, avaliou o diretor de relações com o mercado da plataforma eletrônica Fortisagro, João Batista Cardoso, em entrevista ao chat Trading Brazil, da Thomson Reuters, nesta quarta-feira.

"O Brasil deve importar algo como 7 milhões de toneladas num período de 12 meses. Não poderemos contar muito com a Argentina, pois por lá a safra foi perdida parcialmente devido à seca, e o governo não deve liberar exportações antes de fevereiro de 2014", afirmou.

Procurada, a Secretaria da Fazenda do Rio Grande do Sul não comentou imediatamente a possibilidade de redução do ICMS.

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São Paulo - Produtores de trigo do Rio Grande do Sul --que será o principal fornecedor nacional este ano-- esperam obter uma redução do ICMS para facilitar o escoamento do produto para outros Estados.

Representantes do setor negociam com o governo gaúcho uma redução do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços de 12 para 6 por cento para o trigo vendido a outros Estados da região Sul e do Sudeste, e de 7 para 3,5 por cento para o trigo vendido a moinhos do Nordeste.

O objetivo é conseguir competir melhor com o produto adquirido do Mercosul --que entra com isenção de impostos -- e assim melhorar a renda obtida pelos agricultores, num momento de grande oferta no Rio Grande do Sul devido ao avanço da colheita.

"Assim, Santa Catarina, Paraná e São Paulo têm chance de vir comprar produto que só o Rio Grande do Sul tem", disse o presidente da Federação das Cooperativas Agropecuárias do Rio Grande do Sul (FecoAgro), Rui Polidoro Pinto.

Segundo ele, a expectativa é que a redução do ICMS pelo governo gaúcho seja anunciada nesta quarta ou na quinta-feira.

Rio Grande do Sul e Paraná historicamente produzem, cada um, praticamente metade do trigo brasileiro.

Este ano, no entanto, geadas e clima adverso prejudicaram a safra paranaense.

O Brasil deverá colher 4,81 milhões de toneladas, sendo 2,65 no Rio Grande do Sul e 1,71 milhão no Paraná, segundo os dados mais recentes da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab).


A colheita da safra 2013 no Rio Grande do Sul já passa da metade, disse a Emater/RS, órgão de extensão rural do governo gaúcho.

Com maior disponibilidade no mercado local, os preços registram queda.

Em Passo Fundo (RS), a tonelada está sendo comercializada a 658,33 reais nesta quarta-feira, queda de mais de 20 por cento ante o patamar do início de outubro, conforme levantamento da Esalq/USP.

Antes do início da safra nacional, o trigo registrou valores recordes no mercado brasileiro, por conta das geadas no Paraná e da quebra da última safra argentina e nos parceiros comerciais do Mercosul.

"O Rio Grande do Sul, considerando o consumo interno e produção, tem que colocar além de suas fronteiras 1,6 milhão de toneladas. O que queremos é tornar equitativa a carga tributária em relação ao trigo oriundo do Mercosul", disse o assistente técnico da Emater/RS, Ataídes Jacobsen, especialista em trigo. "A indústria moageira de outras regiões têm demonstrado interesse (caso haja redução do ICMS)." O suprimento de trigo do Rio Grande do Sul será importante para os moinhos brasileiros este ano, avaliou o diretor de relações com o mercado da plataforma eletrônica Fortisagro, João Batista Cardoso, em entrevista ao chat Trading Brazil, da Thomson Reuters, nesta quarta-feira.

"O Brasil deve importar algo como 7 milhões de toneladas num período de 12 meses. Não poderemos contar muito com a Argentina, pois por lá a safra foi perdida parcialmente devido à seca, e o governo não deve liberar exportações antes de fevereiro de 2014", afirmou.

Procurada, a Secretaria da Fazenda do Rio Grande do Sul não comentou imediatamente a possibilidade de redução do ICMS.

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