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Produção industrial retoma fôlego e volta a crescer

Após registrar queda de 1,3% em junho, índice teve modesta elevação de 0,6% em julho

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Da Redação

Publicado em 9 de outubro de 2008 às 11h10.

A produção industrial retomou o fôlego de crescimento e expandiu 0,6% em julho, após registrar queda de 1,3% no mês anterior (o valor divulgado previamente, de -1,7%, foi revisado). Dos 23 setores analisados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), 17 melhoraram a produção. Em junho, dos 23 setores, 17 haviam apresentado queda.

Segundo o IBGE, o resultado do mês retrasado foi impulsionado pela indústria extrativa, que teve crescimento de 5,2%, "refletindo o aumento na extração de petróleo, após paralisação para manutenção em algumas plataformas ocorrida em junho", e pela metalurgia básica (alta de 4,2%), que "embora venha mostrando crescimento por cinco meses consecutivos, neste mês (julho) concentra o impacto da volta à plena operação de um grande forno siderúrgico".

Já a produção farmacêutica recuou 5%, enquanto o refino de petróleo e a produção de álcool caíram 3,4%, depois de três meses de expansão. Em junho, o setor registrou o mais alto nível de produção desde 2004.

Com isso, as produções de bens de capital e de bens intermediários cresceram 1%, revertendo a desaceleração verificada em junho, de 0,7% e 1,8%, respectivamente. Somente a produção de bens duráveis manteve-se em retração, caindo 0,2% de junho para julho, na terceira queda consecutiva no ano.

Acumulados

No ano, a produção industrial apresenta crescimento de 2,7%, com aumento em 21 setores analisados. A fabricação de máquinas para escritório e equipamentos para informática - principalmente computadores e monitores - foi a que mais expandiu entre janeiro e julho, 56,8%. A indústria de máquinas, aparelhos e materiais elétricos também registra forte crescimento, de 14,3% no ano, enquanto a expansão na produção de minérios de ferro e de petróleo proporcionou à indústria extrativa ampliação de 8,1%.

Os números refletem na produção de bens finais. Os bens de consumo duráveis tiveram aumento de 6,6% na fabricação, nos de capital, o crescimento foi de 5,5% e, nos de consumo semi e não duráveis, 2,8%. Somente os bens intermediários tiveram a produção reduzida, em 1,9% no ano. A explicação para isso pode estar na desvalorização do dólar, já que dados da Fundação Centro de Estudos do Comércio Exterior mostram que a importação desses produtos cresceu 13% nos sete primeiros meses de 2006.

Nos últimos 12 meses, terminados em julho, o crescimento da produção industrial ficou em 2,2%.

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