Economia

Produção industrial no Brasil cai 0,7% em fevereiro

Na comparação com o mesmo mês do ano anterior, a produção subiu 0,4 por cento

Business and Industry (Agência/Getty Images)

Business and Industry (Agência/Getty Images)

R

Reuters

Publicado em 1 de abril de 2021 às 09h31.

Última atualização em 1 de abril de 2021 às 09h43.

A produção industrial brasileira registrou queda de 0,7% em fevereiro na comparação com o mês anterior, informou o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) nesta quinta-feira. Na comparação anual, no entanto, a produção subiu 0,4%. As expectativas em pesquisa da Reuters com economistas eram de alta de 0,4% na variação mensal e de 1,5% na base anual.

O indicador registrou em fevereiro o seu primeiro recuo após nove altas consecutivas, desacelerando de seu resultado de janeiro (0,4%).

Entre as grandes categorias econômicas, o único segmento que apresentou alta em relação a janeiro, foi o de bens intermediários, que aavançou 0,6%, influenciado pela alta nos preços das commodities e pela desvalorização do real.

O setor de bens de consumo duráveis recuou -4,6% e o de bens de capital, -1,5%, interrompendo nove meses de resultados positivos.

A queda mais acentuada foi da produção de veículos automotores, com queda de -7,2%, o que sinaliza, de acordo com avalição do BTG Pactual, a falta de matérias primas para a indústria automobolística e o impacto econômico do agravamento da pandemia.

Segundo BTG Pactual, a piora nos indicadores é resultado do recrudescimento da curva de contágio da Covid-19 e o fechamento de parte da economia. O fim do auxílio emergencial é outro fator que está deixando consumidores mais cautelosos. Por fim, o mercado de trabalho continua fragilizado. Essa conjuntura vem enfraquecendo a demanda e, em fevereiro, reverteu a tendência positiva de produção industrial.

Acompanhe tudo sobre:IBGEIndústria

Mais de Economia

BNDES vai repassar R$ 25 bilhões ao Tesouro para contribuir com meta fiscal

Eleição de Trump elevou custo financeiro para países emergentes, afirma Galípolo

Estímulo da China impulsiona consumo doméstico antes do 'choque tarifário' prometido por Trump

'Quanto mais demorar o ajuste fiscal, maior é o choque', diz Campos Neto