Economia

Produção industrial;de outubro tem redução de 0,5%, diz IBGE

Entretanto, o instituto afirma que retração significa uma acomodação da atividade em um novo patamar; médias trimestrais continuam em trajetória ascendente

EXAME.com (EXAME.com)

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Da Redação

Publicado em 9 de outubro de 2008 às 10h52.

Depois de registrar um forte desempenho no mês de setembro, a produção industrial brasileira ficou negativa em 0,5% em outubro. O dado, dessazonalizado, foi divulgado nesta segunda-feira (8/12) pelo Instituto Brasileiro de Pesquisa e Geografia Estatística (IBGE), que analisa o resultado do mês como uma acomodação da atividade industrial em um "novo patamar".

Entre os meses de junho e setembro, a atividade industrial experimentou uma expansão de 7,1% e, de acordo com o IBGE, os números sobre a produção em outubro mostram que a indústria "praticamente sustentou o patamar atingido em setembro".

Em relação ao mês de outubro de 2002, o setor registra crescimento de 1,1%; no acumulado do ano, de janeiro a outubro, não houve mudanças na atividade (taxa apurada de 0%); e nos últimos 12 meses, a variação ficou em 0,8%.

Dos 20 segmentos pesquisados pelo IBGE, apenas três tiveram queda em relação ao mês anterior: química (-0,7%), farmacêutica (-4,4%) e produtos alimentares (-1,6%). As indústrias metalúrgica e de material de transporte sustentam taxas mensais positivas há seis meses consecutivos. De acordo com dados do instituto, de abril e outubro, a matelúrgica cresceu 5,2% e a de material de transporte, 17,3%.

O IBGE destaca em seu relatório que a evolução dos índices trimestrais confirma o movimento crescente da produção industrial. O trimestre encerrado em outubro supera em 1,8% o nível de setembro, movimento que é observado igualmente em todas as categorias de uso: bens de capital (4,4%), bens intermediários (1,6%), bens de consumo duráveis (4,7%) e bens de consumo semiduráveis e não duráveis (1,1%).

O indicador acumulado no ano, de janeiro a outubro, mostra crescimento nulo, ligeiramente acima da taxa de -0,1% notada entre janeiro e setembro. A extrativa mineral registra aumento de 1,9% e a indústria de transformação, uma queda de -0,2%. Das 20 áreas pesquisados, nove mostram crescimento. A liderança fica com a mecânica (9,1%), seguida da metalúrgica (4,8%), extrativa mineral e química (1%). As maiores pressões negativas sobre o desempenho global da indústria vêm de vestuário e calçados (-12,4%), farmacêutica (-18,4%), material elétrico e de comunicações (-3,9%) e têxtil (-7%).

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