Exame Logo

Produção de veículos ajuda indústria de 5 estados, diz IBGE

Em Santa Catarina, Rio Grande do Sul e Goiás, fabricação de veículos subiu de maneira intensa em setembro ante agosto, o que ajudou os resultados dessas regiões

Veículos: apesar da alta em veículos em setembro, setor acumula perda de 18,1% nos 9 meses de 2014 (REUTERS/Fabian Bimmer)
DR

Da Redação

Publicado em 7 de novembro de 2014 às 15h46.

Rio - O aumento de 10,1% na produção de veículos em setembro ante agosto ajudou o resultado da indústria em pelo menos cinco regiões pesquisadas pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística ( IBGE ).

"A indústria de veículos continua com estoques, mas a maioria dos locais que tiveram aumento de produção registrou resultado positivo em setembro", disse o técnico Fernando Abritta, da Coordenação de Indústria do instituto.

Em Santa Catarina, Rio Grande do Sul e Goiás, a fabricação de veículos subiu de maneira intensa em setembro ante agosto, o que ajudou os resultados dessas regiões.

A indústria catarinense como um todo teve alta de 2,9% no período, enquanto a produção gaúcha avançou 3,5%.

Em Goiás, o aumento foi de 1,2% no total da indústria.

Na série com ajuste sazonal, que permite visualizar o desempenho do mês em relação ao mês imediatamente anterior, o IBGE não divulga dados regionais por atividade.

A Bahia obteve um crescimento mais tímido na atividade industrial, de 0,3%.

Segundo o instituto, a produção de veículos "cresceu um pouco" em setembro ante agosto nesta região.

Em São Paulo, os veículos também foram uma influência positiva, mas insuficientes para estancar as perdas.

A indústria paulista registrou queda de 0,7% no período, influenciada pelo setor alimentício.

No Rio de Janeiro, a produção de veículos seguiu tendência contrária e trouxe um impacto negativo à indústria, que recuou 5,6% em setembro ante agosto - o pior resultado entre as 14 regiões pesquisadas.

Além deste setor, fabricantes de metalurgia, produtos químicos, refino de petróleo e produção de biocombustíveis e a indústria extrativa também relataram perdas no período.

Apesar da alta em veículos no mês de setembro, o setor acumula perda de 18,1% nos nove meses de 2014.

Também seguem essa tendência outros bens duráveis e os bens de capital.

"Os locais muito relacionados à produção de bens de capital, principalmente caminhões e outros meios de transporte, e a bens duráveis, como automóveis, eletrodomésticos de linha branca, motos e móveis, têm tido comportamento negativo ao longo deste ano", destacou Abritta.

"Com a indústria de veículos recuando, outros setores são afetados, como metalurgia, borracha e plástico, autopeças. Os estados que têm esses setores acabam sofrendo mais", acrescentou o técnico do IBGE.

Abritta lembrou que os juros mais elevados, a inflação em alta e o menor crescimento do crédito têm afetado o desempenho dos bens duráveis, principalmente automóveis, motos e eletrodomésticos.

Além disso, a perda de ritmo da construção civil e a menor confiança dos empresários também contribuem para reduzir os investimentos e, consequentemente, puxar para baixo a indústria de bens de capital.

Veja também

Rio - O aumento de 10,1% na produção de veículos em setembro ante agosto ajudou o resultado da indústria em pelo menos cinco regiões pesquisadas pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística ( IBGE ).

"A indústria de veículos continua com estoques, mas a maioria dos locais que tiveram aumento de produção registrou resultado positivo em setembro", disse o técnico Fernando Abritta, da Coordenação de Indústria do instituto.

Em Santa Catarina, Rio Grande do Sul e Goiás, a fabricação de veículos subiu de maneira intensa em setembro ante agosto, o que ajudou os resultados dessas regiões.

A indústria catarinense como um todo teve alta de 2,9% no período, enquanto a produção gaúcha avançou 3,5%.

Em Goiás, o aumento foi de 1,2% no total da indústria.

Na série com ajuste sazonal, que permite visualizar o desempenho do mês em relação ao mês imediatamente anterior, o IBGE não divulga dados regionais por atividade.

A Bahia obteve um crescimento mais tímido na atividade industrial, de 0,3%.

Segundo o instituto, a produção de veículos "cresceu um pouco" em setembro ante agosto nesta região.

Em São Paulo, os veículos também foram uma influência positiva, mas insuficientes para estancar as perdas.

A indústria paulista registrou queda de 0,7% no período, influenciada pelo setor alimentício.

No Rio de Janeiro, a produção de veículos seguiu tendência contrária e trouxe um impacto negativo à indústria, que recuou 5,6% em setembro ante agosto - o pior resultado entre as 14 regiões pesquisadas.

Além deste setor, fabricantes de metalurgia, produtos químicos, refino de petróleo e produção de biocombustíveis e a indústria extrativa também relataram perdas no período.

Apesar da alta em veículos no mês de setembro, o setor acumula perda de 18,1% nos nove meses de 2014.

Também seguem essa tendência outros bens duráveis e os bens de capital.

"Os locais muito relacionados à produção de bens de capital, principalmente caminhões e outros meios de transporte, e a bens duráveis, como automóveis, eletrodomésticos de linha branca, motos e móveis, têm tido comportamento negativo ao longo deste ano", destacou Abritta.

"Com a indústria de veículos recuando, outros setores são afetados, como metalurgia, borracha e plástico, autopeças. Os estados que têm esses setores acabam sofrendo mais", acrescentou o técnico do IBGE.

Abritta lembrou que os juros mais elevados, a inflação em alta e o menor crescimento do crédito têm afetado o desempenho dos bens duráveis, principalmente automóveis, motos e eletrodomésticos.

Além disso, a perda de ritmo da construção civil e a menor confiança dos empresários também contribuem para reduzir os investimentos e, consequentemente, puxar para baixo a indústria de bens de capital.

Acompanhe tudo sobre:AutoindústriaCarrosEstatísticasIBGEVeículos

Mais lidas

exame no whatsapp

Receba as noticias da Exame no seu WhatsApp

Inscreva-se

Mais de Economia

Mais na Exame