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Prévia do PIB tem contração no 2º trimestre e indica recessão técnica

Na comparação com junho de 2018, o IBC-Br apresentou queda de 1,75% e, no acumulado em 12 meses, teve alta de 1,08%

PIB: IBC-Br é uma espécie de sinalizador do Produto Interno Bruto do BC (NurPhoto/Corbis/Getty Images)
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Reuters

Publicado em 12 de agosto de 2019 às 08h53.

Última atualização em 12 de agosto de 2019 às 10h43.

São Paulo — A economia do Brasil pode ter entrado em recessão técnica depois de ter encerrado o segundo trimestre com contração, apontaram dados do Banco Central nesta segunda-feira, ampliando as preocupações sobre as perspectivas para o país. Há recessão técnica quando o PIB cai dois trimestres seguidos.

Apesar de ter tido alta de 0,30% em junho sobre o mês anterior, o índice IBC-BR do segundo trimestre terminou com queda de 0,13%, o que marcaria o segundo trimestre seguido de contração. O Índice de Atividade Econômica do Banco Central (IBC-Br) é uma espécie de sinalizador do Produto Interno Bruto (PIB). O PIB oficial do 2º trimestre só deve ser divulgado no fim de agosto, no dia 29.

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O resultado mostrou forte desaceleração em relação à taxa de 1,1% em maio, mas ficou acima da expectativa em pesquisa da Reuters de avanço de 0,10%%.

No primeiro trimestre, a economia do Brasil teve recuo de 0,2% na comparação com os últimos três meses de 2018, de acordo com os dados do IBGE, na primeira contração trimestral desde os três últimos meses de 2016.

Na comparação com junho de 2018, o IBC-Br apresentou queda de 1,75% e, no acumulado em 12 meses, teve alta de 1,08%, segundo números observados.

O segundo trimestre terminou com junho marcado por fraqueza na indústria e no setor de serviços. A produção industrial do Brasil contraiu 0,6% no mês, terminando o trimestre com contração de 0,7%.

Já o volume de serviços recuou 1,0% e apresentou o pior resultado para o mês em quatro anos. Somente as vendas no varejo tiveram ganhos no mês, de 0,1%, mas ainda assim encerraram o segundo trimestre com queda.

Na semana passada, o BC estimou que PIB deve ficar estável ou apresentar ligeiro crescimento no segundo trimestre.

A fraqueza da atividade vem alimentando expectativas de mais cortes na taxa básica de juros, já reduzida a 6,0%. A mais recente pesquisa Focus do BC, divulgada nesta segunda-feira, mostra que os economistas estimam a Selic a 5,0% neste ano, com crescimento do PIB de 0,81%.

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