Presidente do BC afasta risco de descontrole da inflação
Na avaliação de Henrique Meirelles, presidente do Banco Central (BC), a inflação foi domada pelo atual governo. O risco de descontrole inflacionário não subsiste mais , disse na sede do BC, ao abrir o seminário "Política Monetária: Choques e Eficácia", em Brasília, nesta sexta-feira (11/7). Esta é uma vitória do atual governo que estará sendo […]
Da Redação
Publicado em 9 de outubro de 2008 às 10h57.
Na avaliação de Henrique Meirelles, presidente do Banco Central (BC), a inflação foi domada pelo atual governo. O risco de descontrole inflacionário não subsiste mais , disse na sede do BC, ao abrir o seminário "Política Monetária: Choques e Eficácia", em Brasília, nesta sexta-feira (11/7). Esta é uma vitória do atual governo que estará sendo consolidada nos próximos meses .
Segundo Meirelles, o governo está levando em consideração a questão do desemprego no país, mas lembrou que o emprego é produto do nível da atividade econômica. Para Meirelles, o mais imporante é ter em mente que o crescimento da economia, de forma sustentada, depende da queda da inflação. Inflação alta não é caminho para crescimento em nenhum país, porque gera desorganização da economia", disse à Agência Brasil. "Tentar crescer via inflação leva ao desastre, portanto, temos que ter um foco e trazer a inflação para baixo, como estamos fazendo.
Ao ser perguntado se concorda com a projeção do ministro da Fazenda, Antônio Palocci, de que a taxa de juros chegará a 20% no fim do ano, o presidente do BC disse que a instituição tem por política não comentar projeções futuras das taxas de juros.
Metas ajustadas
Em sua apresentação, Meirelles falou sobre como o BC empregou com sucesso o regime de metas de inflação (dentro do conceito de metas ajustadas), para reverter a trajetória de alta da inflação. Segundo o presidente do BC, fez parte da estratégia do governo fixa as metas de inflação para 2004 (5,5%) e 2005 (4,5%) somente após o controle da alta inflacionária. O Banco Central não poderia sancionar o processo de volta da inércia inflacionária ao Brasil: não o fizemos e não o faremos , disse.
Meirelles argumentou que a realidade está comprovando que a estratégia das metas ajustadas levava em conta que a política monetária seria capaz de fazer com que a inflação convergisse para as metas de longo prazo. Tanto as projeções do BC, quando as expectativas dos analistas têm demonstrado que há uma convergência das projeções de inflação futura para a trajetória de metas .
O presidente do BC citou que em janeiro deste ano, a meta ajustada 12 meses à frente era de 8,5%, mas a expectativa de mercado para o mesmo período era superior a 12%. O dado mais recente, segundo ele, aponta taxa de 6,75%, em linha com a trajetória para as metas ajustadas 12 meses à frente.
À luz dos resultados recentes obtidos, entendemos que a política monetária deve continuar a se orientar de forma a garantir que a desaceleração da inflação seja sustentável , disse Meirelles. Dentro do regime de metas de inflação, o BC está baseando suas ações na convergência para o centro da meta definido pelo Conselho Monetário Nacional para 2004.