Presidente da Caixa volta a dizer que banco pode reduzir taxa do FGTS
Instituição tem o monopólio na gestão do fundo, e cobra uma taxa de 1% sobre o valor dos ativos
Estadão Conteúdo
Publicado em 16 de outubro de 2019 às 14h32.
Última atualização em 16 de outubro de 2019 às 14h46.
São Paulo — O presidente da Caixa Econômica Federal, Pedro Guimarães, reafirmou nesta quarta-feira, 16, que o banco está aberto para a discussão sobre a redução da taxa de administração do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS). A instituição tem o monopólio na gestão do fundo, e cobra uma taxa de 1% sobre o valor total dos ativos.
"A Caixa está estudando potenciais reduções na taxa de gestão do FGTS . Há tranquilidade para reduzir taxa de gestão do FGTS, mas isso depende do aval do meu chefe, que é o ministro da Economia, Paulo Guedes", afirmou o presidente da instituição.
Uma das propostas o banco é reduzir sua cobrança e 1 para 0,8%.
Guimarães evitou comentar a declaração do presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM-RJ), que disse nesta semana que a Caixa "rouba" R$ 7 bilhões por ano dos trabalhadores com a cobrança dessa taxa. "Teremos um gasto de R$ 1 bilhão com a operacionalização dos saques do FGTS", argumentou.
Rodrigo Maia defende que a administração do Fundo possa ser compartilhada com outros bancos, que poderiam cobrar uma taxa menor e oferecer rendimentos maiores aos trabalhadores.
O presidente da Caixa também preferiu não opinar sobre a possibilidade dos trabalhadores usarem os recursos do fundo para investirem em fundos ou no mercado de capitais.
Conforme mostrou o Broadcast (sistema de notícias em tempo real do Grupo Estado), o relator da medida provisória (MP) que permite o saque do FGTS, Hugo Motta (Republicanos-PB), vai ampliar a forma de aplicação do fundo. "A regulamentação do uso do FGTS para aplicar em fundos em ações cabe ao conselho curador. A Caixa não vai se envolver nessa discussão", limitou-se a responder.