Preços ao consumidor dos EUA registram primeira alta em quatro meses
Ritmo do aumento foi modesto, resultando no menor ganho anual em quase dois anos e meio
Reuters
Publicado em 12 de março de 2019 às 10h51.
Washington - Os preços ao consumidor nos Estados Unidos subiram pela primeira vez em quatro meses em fevereiro, mas o ritmo do aumento foi modesto, resultando no menor ganho anual em quase dois anos e meio.
O Departamento do Trabalho informou nesta terça-feira que o índice de preços ao consumidor teve alta de 0,2 por cento, impulsionado pelos ganhos nos custos com alimentos, gasolina e aluguel. A inflação ao consumidor permaneceu inalterado durante três meses consecutivos.
Nos 12 meses até fevereiro, o índice subiu 1,5 por cento, o menor ganho desde setembro de 2016. O índice de preços ao consumidor subiu 1,6 por cento na comparação com o ano anterior em janeiro.
Excluindo os componentes voláteis de alimentos e energia, o índice subiu 0,1 por cento, o menor aumento desde agosto de 2018. O chamado núcleo da inflação subiu 0,2 por cento por cinco meses consecutivos.
Nos 12 meses até fevereiro, o núcleo da inflação subiu 2,1 por cento. O núcleo do índice aumentou 2,2 por cento por três meses consecutivos na comparação anual. Economistas consultados pela Reuters projetavam que o índice de preços ao consumidor e a inflação subissem 0,2 por cento em fevereiro.
O Federal Reserve, que tem uma meta de inflação de 2 por cento, monitora uma medida diferente, o índice PCE, para decisões sobre política monetária.
O núcleo do índice de preços PCE aumentou 1,9 por cento em dezembro na comparação anual, após um ganho semelhante em novembro. O indicador atingiu a meta de 2 por cento do banco central dos EUA em março do ano passado pela primeira vez desde abril de 2012.
A desaceleração do crescimento doméstico e global está evitando saltos da inflação, mesmo que um mercado de trabalho apertado esteja elevando os salários. O crescimento anual dos salários foi de 3,4 por cento em fevereiro, o maior aumento desde abril de 2009, ante 3,1 por cento em janeiro.